Brasil

Conselheiros de Dilma focam em palanques estaduais

Presidente se reuniu longamente com seus conselheiros políticos e recebeu do grupo a avaliação de que o quadro para a eleição presidencial segue indefinido


	Dilma Rousseff: Mercadante disse que Dilma deve promover uma reforma ministerial no fim do ano, de forma a liberar os ministros que pretendem ser candidatos nas eleições
 (Celso Junior/Reuters)

Dilma Rousseff: Mercadante disse que Dilma deve promover uma reforma ministerial no fim do ano, de forma a liberar os ministros que pretendem ser candidatos nas eleições (Celso Junior/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 21h39.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff se reuniu longamente com seus conselheiros políticos nesta quinta-feira e recebeu do grupo, que inclui o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a avaliação de que o quadro para a eleição presidencial segue indefinido e que o foco deve estar na negociação dos palanques estaduais para a campanha à reeleição.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que integra o núcleo de conselheiros de Dilma e participou do encontro, assim como o marqueteiro João Santana, ainda não está claro quais devem ser os principais adversários de Dilma em sua tentativa de se reeleger em 2014.

"Nós estamos a muito tempo da eleição. Estamos... analisando o palanque nos Estados. É isso que mais atenção exige nesse momento, porque dentro da própria base do governo, nós teremos situações de mais de uma candidatura", disse Mercadante a jornalistas após a reunião que durou cerca de quatro horas.

"São muitos partidos, são muitas candidaturas competitivas e essa é a preocupação central das nossas conversas", afirmou.

As bancadas do PMDB no Congresso têm mostrado inquietação com as mudanças recentes no cenário político, que inclui ainda a filiação de alguns parlamentares a legendas recém-criadas, e querem uma definição rápida de Dilma sobre os palanques estaduais.

Os adversários mais prováveis de Dilma que aparecem com mais força na disputa pela Presidência no ano que vem são o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, agora aliado à ex-senadora Marina Silva, que se filiou ao PSB e disse que a candidatura de Campos já está posta.

Mercadante, no entanto, fez a avaliação de que nenhuma das duas candidaturas está confirmada, lembrando que Aécio ainda pode enfrentar a concorrência interna do ex-governador de São Paulo José Serra no PSDB e que Marina, melhor colocada que Campos nas pesquisas eleitorais, pode postular a candidatura pelo PSB.

Ele disse ainda que a ordem agora é se concentrar "na qualidade do governo" e que há uma segurança em relação ao leque de alianças atual de Dilma, que o ministro classificou como "muito amplo, muito sólido, muito consolidado com os principais partidos do país".

Segundo o ministro, o grupo que aconselha a presidente avaliou que a filiação de Marina ao PSB foi uma novidade política e que ainda é preciso acompanhar o desenrolar da aliança.

"Esperávamos três candidaturas, agora temos duas. Não está claro ainda quem serão os candidatos em nenhum dos dois partidos. A priori, se consolidam dois nomes", afirmou.

Mercadante disse que Dilma deve promover uma reforma ministerial no fim do ano, de forma a liberar os ministros que pretendem ser candidatos nas eleições do ano que vem em seus Estados, mas destacou que esse assunto não foi tratado no encontro desta quinta.

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