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Como está a análise da Anvisa de 4 vacinas que podem ser usadas no Brasil

Atualmente quatro farmacêuticas enviaram documentos para a análise da eficácia e de capacidade de produção, mas nenhuma fez o pedido de registro

 (Javier Zayas Photography/Getty Images)

(Javier Zayas Photography/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 13h58.

Última atualização em 4 de janeiro de 2021 às 14h11.

Ainda não há uma data oficial para o início de uma campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil. Antes de definir o cronograma, é preciso que o imunizante seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente quatro farmacêuticas enviaram documentos para a análise da eficácia e de capacidade de produção, mas nenhuma fez o pedido de registro definitivo ou de uso emergencial.

AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer, Janssen e Sinovac/Butantan utilizam o processo contínuo da Anvisa para atestar que a vacina é de qualidade e segura para a população. O sistema foi criado especificamente para o combate ao coronavírus com o objetivo de dar mais rapidez.

A vacina Sputnik V ainda aguarda análise da Anvisa sobre o pedido de anuência do estudo da fase 3 (de eficácia) no Brasil.

A análise

De acordo com a Anvisa, a farmacêutica que está com o processo mais adiantado é a AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em parceria com a Fiocruz no Brasil e é a principal aposta do Ministério da Saúde. Segundo a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a previsão é pedir o registro definitivo até o dia 15 de janeiro.

(Anvisa/Divulgação)

 

A Pfizer já submeteu à Anvisa a análise de dados da fase 3 de testes e ainda aguarda parecer. Também não fez o pedido de registro, mas disse que pode pedir o uso emergencial.

O laboratório Sinovac, que desenvolve uma vacina em parceria com o Instituto Butantan, ainda não enviou os dados sobre a fase 3 de testes no Brasil. De acordo com o Butantan, não há uma data exata de quando isso será feito, mas a expectativa é de que ocorra nos próximos dias.

O imunizante é a principal aposta do governo de São Paulo, que já comprou 46 milhões de doses. Ainda sem o aval da Anvisa, o governo estadual diz que vai começar a vacinação no dia 25 de janeiro.

A Janssen ainda não apresentou os dados da fase 3 de testes. A Anvisa também aguarda documentos e informações sobre a fabricação para poder emitir o certificado de boas práticas.

Quantidade de vacinas

Segundo plano do Ministério da Saúde, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos, com a AstraZeneca, Covax Facility e Pfizer. Há ainda negociações com outros laboratórios:

  • Fiocruz/AstraZeneca: 100,4 milhões de doses até julho de 2020 e mais 30 milhões de doses por mês no segundo semestre;
  • Covax Facility: 42,5 milhões de doses;
  • Pfizer: 70 milhões de doses ainda em negociação
  • Instituto Butantan/Sinovac e farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen — solicitadas informações de preços, estimativa e cronograma de disponibilização de doses, dados científicos dos estudos de fase 1, 2 e 3.

 

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