Algoritmos: conteúdo gerado por sua rede de “amigos” não está mais entre as principais recomendações do seu feed (Getty Images/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 12 de março de 2019 às 20h13.
Ao assumir o comando da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República, Paulo Henrique dos Santos Lucon, afirmou hoje (12) que entre as prioridades está o uso das redes sociais sob o ponto de vista ético. Segundo ele, a disseminação de notícias falsas, as fake news, é uma preocupação.
"O uso das redes sociais tem sido um problema mundial", disse. "Vocês estão lembrados da questão da fake news, que foi tratada durante a campanha eleitoral. Isso teve um desdobramento, e nós precisamos analisar e construir um entendimento conjunto de como essas questões deverão ser analisadas prospectivamente", acrescentou.
Lucon afirmou que não há uma regulamentação específica para a conduta ética nas redes sociais por autoridades do governo federal. "Estamos discutindo alguns pontos. Evidentemente que isso demanda um trabalho intenso. Precisamos abrir essas sugestões e elaborar essas novas regras."
Em agosto de 2018, no esforço de combater as fake news sobre saúde, o Ministério da Saúde lançou um canal de comunicação direto com a população.
Ministério da Saúde lança serviço de combate à s notícias falsas. O canal no WhatsApp possibilitará que a população consulte se a notícia que recebeu nas redes sociais é verdadeira ou falsa. - Valter Campanato/Agência Brasil
A comissão é responsável pela apuração, mediante denúncia ou de ofício, de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo. Em caso de infração ética, pode ser aplicada advertência e recomendada até a exoneração
A recomendação é feita ao presidente da República, a quem cabe decidir se acolhe a sugestão. A censura ética é uma espécie de reprimenda da administração pública que fica marcada no currículo do funcionário.