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Com uma marcha silenciosa, Santa Maria exige justiça

Os manifestantes caminharam da praça Saldanha Marinho até a boate Kiss, onde na madrugada de sábado para domingo um incêndio deixou 231 mortos e 116 feridos

Homem se ajoelha em frente à boate Kiss, onde 231 pessoas morreram em um incêndio na cidade de Santa Maria: moradores fizeram uma passeata no local em homenagem às vítimas (REUTERS/Edison Vara)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 13h46.

Santa Maria - Milhares de pessoas participaram de uma passeata em silêncio nesta segunda-feira pelas ruas de Santa Maria exigindo justiça para os 231 mortos no incêndio em uma boate nesta cidade universitária.

Vestidos de branco, os manifestantes iniciaram o ato com uma concentração na praça Saldanha Marinho. O protesto silencioso foi convocado nas redes sociais por universitários.

A manifestação começou depois da interpretação da Ave Maria por dois jovens violinistas.

Em silêncio, os manifestantes caminharam da praça até a boate Kiss, onde na madrugada de sábado para domingo um trágico incêndio deixou 231 mortos e 116 feridos.

Ao chegar ao que sobrou da casa noturna, cercada pela polícia, as pessoas reunidas fizeram um minuto de silêncio sentadas no chão. O único som que podia ser ouvido era o do pranto inconsolável de familiares das vítimas.

Ao final do ato, balões brancos foram soltos e o silêncio foi quebrado por gritos de "Justiça, justiça, justiça!". Os participantes mantiveram sua marcha até o centro esportivo, para onde foram levados os corpos depois da tragédia.

"Eu sei que minha filha não volta, mas alguém tem que pagar por isto", disse Jorge Neves, pai de Rafaella, falecida no domingo.


O drama na boate Kiss foi causado quando os músicos acenderam fogos de artifício dentro do local, que estava com o alvará vencido e não tinha uma estrutura preparada em caso de incêndio.

"Ninguém esperava que isso fosse acontecer e, agora, que a lei seja aplicada sobre os responsáveis", exigiu Verdiana Graciano, que exibia um cartaz dedicado aos seus amigos Nathy e Alan.

Fallon Sequeira, exibia ao lado de sua noiva um cartaz para dar "força a Bibiani e Rafa", duas amigas que estão entre a vida e a morte depois de terem sobrevivido ao incêndio.

"Com esta manifestação dizemos ao mundo que uma discoteca não é apenas um lugar bonito, não, tem que ter segurança e exigimos fiscalização. Podíamos ter evitado a morte destes amigos que completaram uma pequena parte de suas vidas", disse à AFP.

A silenciosa marcha seguiu em meio a momentos de aplausos "para agradecer a Deus por aqueles que ficaram aqui e dar paz aos que se foram", disse Nadia Socolot.

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A manifestação começou depois da interpretação da Ave Maria por dois jovens violinistas.

Em silêncio, os manifestantes caminharam da praça até a boate Kiss, onde na madrugada de sábado para domingo um trágico incêndio deixou 231 mortos e 116 feridos.

Ao chegar ao que sobrou da casa noturna, cercada pela polícia, as pessoas reunidas fizeram um minuto de silêncio sentadas no chão. O único som que podia ser ouvido era o do pranto inconsolável de familiares das vítimas.

Ao final do ato, balões brancos foram soltos e o silêncio foi quebrado por gritos de "Justiça, justiça, justiça!". Os participantes mantiveram sua marcha até o centro esportivo, para onde foram levados os corpos depois da tragédia.

"Eu sei que minha filha não volta, mas alguém tem que pagar por isto", disse Jorge Neves, pai de Rafaella, falecida no domingo.


O drama na boate Kiss foi causado quando os músicos acenderam fogos de artifício dentro do local, que estava com o alvará vencido e não tinha uma estrutura preparada em caso de incêndio.

"Ninguém esperava que isso fosse acontecer e, agora, que a lei seja aplicada sobre os responsáveis", exigiu Verdiana Graciano, que exibia um cartaz dedicado aos seus amigos Nathy e Alan.

Fallon Sequeira, exibia ao lado de sua noiva um cartaz para dar "força a Bibiani e Rafa", duas amigas que estão entre a vida e a morte depois de terem sobrevivido ao incêndio.

"Com esta manifestação dizemos ao mundo que uma discoteca não é apenas um lugar bonito, não, tem que ter segurança e exigimos fiscalização. Podíamos ter evitado a morte destes amigos que completaram uma pequena parte de suas vidas", disse à AFP.

A silenciosa marcha seguiu em meio a momentos de aplausos "para agradecer a Deus por aqueles que ficaram aqui e dar paz aos que se foram", disse Nadia Socolot.

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