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Com RS em crise, protesto em Porto Alegre poupa Sartori

O foco principal é demonstrar descontentamento com a presidente e seu governo


	Os participantes da mobilização na capital gaúcha defendem impeachment contra a presidente
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Os participantes da mobilização na capital gaúcha defendem impeachment contra a presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2015 às 17h10.

Porto Alegre - A crise financeira vivida pelo Rio Grande do Sul, que resultou no parcelamento de salários do funcionalismo estadual em julho, motivou inúmeros protestos de servidores nas últimas semanas e provocou questionamentos à gestão do governador José Ivo Sartori (PMDB) nas redes sociais.

Na manifestação que ocorre neste domingo em Porto Alegre, no entanto, o governo estadual é poupado, e as críticas ficam concentradas na administração da presidente Dilma Rousseff e no próprio PT.

Um dos temas mais mencionados pelos organizadores nos carros de som é o aumento de impostos promovido no segundo mandato de Dilma, que contradiz com o discurso pregado pela presidente em sua campanha no ano passado.

Eles não citaram em nenhum momento, contudo, o pacote de elevação de carga tributária que deve ser apresentado por Sartori nesta semana. Os participantes da mobilização na capital gaúcha, que fazem uma passeata por ruas da cidade saindo do Parque Moinhos de Vento nesta tarde, defendem um processo de impeachment contra a presidente.

Em um momento do trajeto, manifestantes nos carros de som disseram que se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), continuasse apoiando Dilma, o próximo protesto seria contra ele.

O ex-presidente Lula também é alvo de críticas. No chão, cartazes pedindo melhorias em áreas como saúde e educação, que estavam presentes em manifestações anteriores, não são vistos hoje.

O foco principal é demonstrar descontentamento com a presidente e seu governo. O combate à corrupção é lembrado - alguns participantes levam cartazes de apoio à operação Lava Jato, que investiga casos de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras.

Ao longo da caminhada, em determinadas ruas moradores promoveram um panelaço nas janelas dos apartamentos, em apoio à mobilização de hoje.

O Movimento Brasil Livre (MBL) diminuiu o trajeto previsto da caminhada devido ao número de participantes, que segundo os organizadores é maior do que o previsto. O MBL já aumentou de 30 mil para 50 mil a estimativa de presentes. A Brigada Militar continua estimando 20 mil.

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