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Com laranjas, deputados do PSOL fazem protesto contra Bolsonaro na Câmara

"Hoje tem laranjada?", cantavam os deputados em coro enquanto o presidente estava na Casa para entregar texto da reforma da Previdência

PSOL fez um protesto no salão verde da Câmara dos Deputados contra Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL (YouTube/Reprodução)

PSOL fez um protesto no salão verde da Câmara dos Deputados contra Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL (YouTube/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 10h12.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2019 às 10h31.

Brasília - Um grupo de deputados do PSOL faz um protesto no salão verde da Câmara dos Deputados neste momento contra o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL. Cerca de dez parlamentares da oposição estão vestidos com aventais alaranjados e trouxeram laranjas para, segundo eles, "recepcionar o presidente", que está na Casa para entregar formalmente a reforma da Previdência. Entre eles, estão os deputados Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e Ivan Valente (PSOL-SP).

As cores das roupas e as frutas servem como referência às suspeitas de que o PSL usou candidaturas laranja em Pernambuco e Minas Gerais na última eleição.

Para os oposicionistas, Bolsonaro não tem legitimidade para apresentar a proposta e já se posicionou contra a reforma no passado.

"Hoje tem laranjada?", cantavam os deputados em coro. "Bolsonaro mente", ecoavam em outro momento.

Eles também pedem a demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era presidente do diretório estadual do PSL em Minas no ano passado e é acusado de envolvimento no esquema.

Nesta quarta, diante da pressão sobre o caso, Bolsonaro tem reunião com Álvaro Antônio às 14 horas, no Palácio do Planalto. O assunto não foi divulgado pela assessoria de imprensa do presidente.

A oposição questiona o fato do então ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno ter sido demitido após suspeitas de participação no uso de candidaturas laranja, enquanto Álvaro Antônio continuou no cargo. Bolsonaro, no entanto, justifica que a demissão ocorreu por razões de "foro íntimo".

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