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Com divergências entre equipes de advogados, Sepúlveda conversará com Lula

Em carta, advogado critica, sem citar nomes, atuação da outra equipe de advogados que representa judicialmente Lula, liderada por Cristiano Zanin Martins

Lula: petista está preso desde 7 de abril na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba (Paulo Whitaker/Reuters)

Lula: petista está preso desde 7 de abril na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 16 de julho de 2018 às 15h17.

Brasília - O advogado Sepúlveda Pertence vai conversar em breve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a fim de definir o futuro dele e da sua equipe como integrantes da defesa jurídica do petista, afirmou um dos filhos de Sepúlveda, Evandro Pertence, à Reuters.

Evandro disse que ainda não há uma decisão tomada sobre se seu pai vai deixar a defesa do ex-presidente. Afirmou que uma decisão sobre o assunto só ocorrerá após encontro de Lula e Sepúlveda, sem data a ocorrer.

Evandro destacou que a carta que levou pessoalmente a Lula não é tecnicamente de renúncia da equipe liderada pelo pai. O manuscrito descreve uma série de críticas --sem citar nomes-- a atuação da outra equipe de advogados que representa judicialmente Lula, liderada por Cristiano Zanin Martins.

Questionado se a tendência era de a equipe deixar a defesa do ex-presidente, Evandro disse que não há posição previamente definida. "Pode haver diversos desdobramentos", afirmou. "Não necessariamente deixar a defesa", completou.

O maior entrevero entre as duas bancas diz respeito a uma suposta desautorização de Sepúlveda --ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)-- em atuar perante aquela corte.

A equipe de Sepúlveda passou a integrar a defesa de Lula em fevereiro, pouco após ele ter sido condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).

O objetivo era reforçar a atuação de Lula nas cortes superiores e tentar evitar que ele fosse preso após o fim dos recursos em segunda instância. Esse objetivo, no entanto, não foi alcançado e o petista está preso desde 7 de abril na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba.

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