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CPI do futebol pode ser instalada nesta semana no Senado

No Senado, a CPI foi articulada pelo ex-jogador Romário (PSB-RJ), que agora se movimenta para assumir a relatoria da comissão

A CPI foi articulada pelo ex-jogador Romário (PSB-RJ), que agora se movimenta para assumir a relatoria da comissão (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2015 às 10h57.

Brasília - Depois de 15 anos, o Congresso voltará a investigar o envolvimento da CBF em esquema de corrupção em meio a uma onda de denúncias e prisões de dirigentes da Fifa. A CPI do futebol pode ser instalada no Senado já nesta semana. Na Câmara , um requerimento foi protocolado, mas terá de aguardar em uma fila onde já há outros dez pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito. Paralelamente, deputados coletam assinaturas para a criação de uma comissão mista, envolvendo as duas Casas.

Diferentemente do que ocorreu em 2000 e 2001, parlamentares acreditam que agora o cenário é mais favorável a uma investigação mais aprofundada, apesar da atuação de alguns deputados e senadores da chamada "bancada da bola", composta por dirigentes de clubes e outros políticos que, de alguma maneira, são ligados ao futebol.

No Senado, a CPI foi articulada pelo ex-jogador Romário (PSB-RJ), que agora se movimenta para assumir a relatoria da comissão. "A moralização do futebol é o meu maior objetivo. Se, para isso, algumas pessoas tiverem que ser presas ou tiverem que pagar pelos crimes que cometeram, assim será", disse Romário à reportagem.

O foco de Romário é a CBF, presidida por Marco Polo Del Nero, sucessor de José Maria Marin, e de Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. "Não tenho uma coisa pessoal, de perseguição. Eu vou atrás do que não é correto, do que é corrupto, e ele (Del Nero) faz parte deste grupo de corrupção do futebol. Então, com certeza, ele, Ricardo Teixeira ou Marin, que hoje está preso, graças a Deus, e que continue lá para sempre, também será objeto desta CPI", afirmou Romário.

O senador diz esperar resistência para convocar "determinados nomes" e diz que pode investigar também a relação do governo com a CBF. "O nome é CPI do futebol. O que estiver ligado ao futebol direta ou indiretamente vai ser investigado", afirmou Romário.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defende a CPI mista, para que não haja competição entre as comissões das duas Casas. No Senado, há quem resista à CPI mista por temer intervenção de Cunha e da bancada da bola, mais forte na Câmara.

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Brasília - Depois de 15 anos, o Congresso voltará a investigar o envolvimento da CBF em esquema de corrupção em meio a uma onda de denúncias e prisões de dirigentes da Fifa. A CPI do futebol pode ser instalada no Senado já nesta semana. Na Câmara , um requerimento foi protocolado, mas terá de aguardar em uma fila onde já há outros dez pedidos de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito. Paralelamente, deputados coletam assinaturas para a criação de uma comissão mista, envolvendo as duas Casas.

Diferentemente do que ocorreu em 2000 e 2001, parlamentares acreditam que agora o cenário é mais favorável a uma investigação mais aprofundada, apesar da atuação de alguns deputados e senadores da chamada "bancada da bola", composta por dirigentes de clubes e outros políticos que, de alguma maneira, são ligados ao futebol.

No Senado, a CPI foi articulada pelo ex-jogador Romário (PSB-RJ), que agora se movimenta para assumir a relatoria da comissão. "A moralização do futebol é o meu maior objetivo. Se, para isso, algumas pessoas tiverem que ser presas ou tiverem que pagar pelos crimes que cometeram, assim será", disse Romário à reportagem.

O foco de Romário é a CBF, presidida por Marco Polo Del Nero, sucessor de José Maria Marin, e de Ricardo Teixeira, presidente da CBF de 1989 a 2012. "Não tenho uma coisa pessoal, de perseguição. Eu vou atrás do que não é correto, do que é corrupto, e ele (Del Nero) faz parte deste grupo de corrupção do futebol. Então, com certeza, ele, Ricardo Teixeira ou Marin, que hoje está preso, graças a Deus, e que continue lá para sempre, também será objeto desta CPI", afirmou Romário.

O senador diz esperar resistência para convocar "determinados nomes" e diz que pode investigar também a relação do governo com a CBF. "O nome é CPI do futebol. O que estiver ligado ao futebol direta ou indiretamente vai ser investigado", afirmou Romário.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defende a CPI mista, para que não haja competição entre as comissões das duas Casas. No Senado, há quem resista à CPI mista por temer intervenção de Cunha e da bancada da bola, mais forte na Câmara.

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