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Com aumento de internações, São Paulo abre 200 novos leitos de covid-19

Covas afirmou que os números de casos seguem estáveis em SP, com o crescimento sendo observado exclusivamente na taxa de ocupação de leitos

Hospital de campanha do Anhembi em São Paulo. (TIAGO QUEIROZ/Estadão Conteúdo)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 14h00.

Última atualização em 19 de novembro de 2020 às 14h41.

Com elevação nas internações, a prefeitura de São Paulo decidiu abrir 200 novos leitos para casos suspeitos e confirmados de covid-19 na rede pública municipal. Uma das principais hipóteses da gestão Bruno Covas (PSDB) para justificar o aumento é o abandono por parte da população das medidas de distanciamento social e de uso de máscaras, especialmente entre as classes média e alta e os jovens.

Há pouco mais de um mês, a capital paulista também fez uma série de novas flexibilizações da quarentena ao ingressar na fase verde do Plano São Paulo, de reabertura econômica.

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Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 19, o prefeito destacou que os números de casos e óbitos seguem estáveis na cidade, com o crescimento sendo observado exclusivamente na taxa de ocupação de leitos. Ele também atribuiu o aumento à redução na oferta de leitos exclusivos para pacientes do novo coronavírus na capital — que caiu de 31 para 19 a cada 100.000 habitantes —, motivada pela retomada de procedimentos não eletivos.

Outro ponto destacado pela gestão municipal é a maior demanda de pacientes vindos de fora do município (eram 13% das internações por covid-19 em março, agora 20%). Nos últimos dias, o número de internados na rede municipal por covid-19 ultrapassou a marca de 900 pela primeira vez desde meados de outubro. O aumento se tornou mais perceptível há cerca de uma semana.

Às 11 horas desta quinta-feira, a ocupação era de 45% da UTI e de 61% em enfermaria em leitos de covid-19 na rede pública. Na rede privada, a ocupação na UTI era de 76%, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

A ampliação de 200 leitos abrange os hospitais municipais da Brasilândia, na zona norte, de Parelheiros, no extremo sul, e Irmã Dulce (Bela Vista), na região central. Segundo Aparecido, não há a possibilidade de a prefeitura reabrir hospitais de campanha.

Na segunda-feira, 16, o governo do estado admitiu pela primeira vez um aumento na média móvel de internações, com elevação de 18% em relação à semana epidemiológica anterior. Por esse motivo decidiu adiar em duas semanas o anúncio de novas flexibilizações nos municípios paulistas. O aumento já havia sido reportado por hospitais privados dias antes.

Covas reiterou que não há possibilidade neste momento de recuo nas medidas de flexibilização da quarentena na cidade, que permite o funcionamento de escolas, shoppings, bares, museus e outros espaços, sempre com ocupação restrita. "Não há nenhum número que indique qualquer necessidade de lockdown", declarou. Porém, também disse que "não é o momento de ampliar a flexibilização."

Para o prefeito, agora é o momento da população manter (ou retomar) a adesão aos protocolos de prevenção ao contágio do novo coronavírus. "A pandemia continua a existir, e a ser um desafio a ser enfrentado."

Além disso, de acordo com Aparecido, não há a previsão de nova paralisação na realização de exames, consultas e procedimentos eletivos, como ocorreu na fase mais intensa da pandemia na cidade. Segundo dados do município de quarta-feira, 18, São Paulo totaliza 387.228 casos confirmados da doença, dos quais 14.066 resultaram em óbito.

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