Brasil

Com alta de ônibus em SP, FGV prevê IPC-S de 0,80%

Aumento na passagem deve gerar alta de 0,23% na inflação de janeiro

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou o aumento da passagem (Júlia de Medeiros/PSC)

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, confirmou o aumento da passagem (Júlia de Medeiros/PSC)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 15h01.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, afirmou hoje que o reajuste de 11,11% autorizado pela Prefeitura de São Paulo para as tarifas de ônibus da cidade deverá gerar uma pressão importante para o indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em janeiro.

De acordo com Picchetti, o impacto do aumento será de 0,23 ponto porcentual para o IPC-S deste mês, que tem uma taxa de inflação projetada pelo coordenador de 0,80%, superior à de 0,72% registrada em dezembro.

A nova tarifa de ônibus da capital paulista, de R$ 3,00, passará a vigorar a partir da próxima quarta-feira, dia 5. O aumento foi confirmado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab no final de 2010. Atualmente, a passagem no município é de R$ 2,70.

O IPC-S abrange sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. A capital paulista tem o maior peso na composição do indicador de inflação da FGV. Com isso, aumentos, como o anunciado por Kassab costumam causar interferências importantes no índice nacional. Em 2010, o reajuste de 17,4% autorizado pelo prefeito para a mesma tarifa foi considerado um dos principais vilões da inflação.

"Só para o IPC-S de São Paulo, o impacto em janeiro será de 0,56 ponto porcentual", calculou Picchetti, em entrevista a jornalistas. "Como a cidade tem um peso muito grande, teremos um impacto no índice como um todo de 0,23 ponto porcentual. Se não levar mais nada em consideração, a inflação de janeiro já começa com 0,23% só por conta do aumento na tarifa de ônibus", destacou o coordenador, lembrando que ainda há uma série de pressões aguardadas para o mês, como a do grupo Educação, por conta do reajuste anual das mensalidades escolares.

Acompanhe tudo sobre:América Latinacidades-brasileirasDados de BrasilEmpresasFGV - Fundação Getúlio VargasInflaçãoMetrópoles globaissao-paulo

Mais de Brasil

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo

Quem foi Luiz Galeazzi, empresário morto em queda de avião em Gramado

Em SP, 65.000 seguem sem luz e previsão é de chuva para a tarde deste domingo

Sobe para 41 número de mortos em acidente em Minas Gerais