Tia Eron: o voto da parlamentar é considerado decisivo para aprovar a perda do mandato de Cunha (Câmara dos Deputados/Luis Macedo)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2016 às 15h44.
Brasília - O clima no Conselho de Ética é de apreensão entre opositores do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Parlamentares relatam preocupação com informações não oficiais de bastidores, dando conta de que a deputada Tia Eron (PRB-BA) poderá votar contra a cassação do peemedebista.
O voto da parlamentar é considerado decisivo para aprovar a perda do mandato de Cunha. O placar previsto no momento é de 9 votos pela cassação e 10 contra.
Se Tia Eron empatar o placar, caberá ao presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), dar o voto de minerva. O deputado deve votar pela perda de mandato de Cunha.
Membro titular do conselho, o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) diz que sua preocupação advém de uma confiança muito grande entre aliados de Cunha no colegiado sobre a votação do parecer pela cassação.
Segundo ele, caso a informação se confirme, ficará claro a influência do governo Michel Temer na votação.
Na avaliação do tucano, caso o voto de Tia Eron pró-Cunha se confirme a base aliada do presidente em exercício Michel Temer estará colocando o voto da deputada baiana no "colo do governo".
Para Marchezan, a base estará prestando um "desserviço" ao governo do peemedebista. "A sensação é de que deputada Tia Eron foi abduzida", brincou.