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Citação a Dilma na Lava Jato surpreendeu governo

A menção de Rodrigo Janot ao nome da presidente na lista dos nomes da Operação Lava Jato foi recebida com surpresa pelo governo


	Dilma Rousseff: "jamais alguém pensou que isso pudesse acontecer", disseram interlocutores da presidente
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: "jamais alguém pensou que isso pudesse acontecer", disseram interlocutores da presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 19h50.

Brasília - A menção do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao nome da presidente Dilma Rousseff na lista dos nomes da Operação Lava Jato, ainda que para pedir o arquivamento do inquérito, foi recebida com surpresa no Palácio do Planalto.

Interlocutores de Dilma afirmam que "jamais alguém pensou que isso pudesse acontecer".

Avalia-se, segundo essa fonte, que é "absurdo" alguém achar que, por conta das revelações da revista "Veja" sobre depoimento do doleiro Alberto Youssef que envolvia Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que ambos sabiam do esquema de corrupção na Petrobras, eles pudessem ser, de alguma forma, envolvidos neste processo.

Após ressaltar que a Constituição não permite a investigação do chefe do Executivo por qualquer ato que não seja relacionado com o exercício do cargo da Presidência, e como as denúncias remontam a antes de 2011, quando Dilma assumiu, o interlocutor avaliou: "Isso não aconteceu e não poderia mesmo ter acontecido. Não havia a menor base pra isso", disse.

Dilma passou a manhã desta quinta-feira, 5, no Palácio da Alvorada, gravando pronunciamento que será exibido no domingo, 8, em comemoração ao Dia da Mulher, para sair em defesa do governo.

Dilma está enfrentando graves problemas políticos e econômicos e tenta reverter a maré de más notícias que atingiram inclusive a sua popularidade. Por conta disso, reiniciou suas viagens pelo País. Amanhã, Dilma estará em Araguari (MG), onde anunciará a entrega de mais casas do programa Minha Casa Minha Vida.

Em meio ao turbilhão político, dirigentes da agência Standard & Poor's serão recebidos nesta tarde pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Mais cedo, o ministro esteve com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, na reunião da Junta Orçamentária.

Mas, depois, trataram do encontro que Levy terá daqui a pouco com a agência e Mercadante, às 16h30.

O governo está trabalhando para tentar evitar que as demais agências de classificação de risco sigam o exemplo da Moody's, que rebaixou em dois graus o rating da Petrobras, levando a estatal a perder seu grau de investimento.

A preocupação maior é com o risco de que o rebaixamento da nota da Petrobras possa contribuir para que se retire o grau de investimento dos títulos brasileiros.

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