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Cidade do Rio registra 203 casos de mpox de janeiro a julho de 2024

Titular da Secretaria Municipal de Saúde, Daniel Soranz diz que está em diálogo com o Ministério Público para planejar a vacinação da população

Reprodução: OMS (OMS/Reprodução)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 17 de agosto de 2024 às 12h49.

A declaração da mpox, que já foi conhecida como " varíola dos macacos ", como uma Emergência de Saúde Pública Internacional, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na última quarta-feira, 14, acendeu o alerta para a possibilidade de aumento de casos da doença.

Na cidade do Rio, entre 2022, quando outro decreto do tipo foi feito pela OMS, e 2024, 1.259 casos foram registrados, sendo 203 apenas de janeiro a julho deste ano, segundo a prefeitura.

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O número representa um aumento de 383% em relação a todo o ano de 2023.

Vacinação da população

Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz defende um planejamento para a vacinação da população, com vistas a evitar a escalada das infecções.

— O número de casos de mpox foi maior em 2022, quando foram registradas 1.005. No ano passado, foram 42. Este ano, já temos 203 casos, que é um número muito menor que o registrado em 2022, mas maior em comparação a 2023. Então, isso é uma preocupação para a gente, porque a doença pode se disseminar muito rápido. Temos discutido com o Ministério Público e o nosso comitê de especialistas a importância de se planejar de forma estruturada a médio e longo prazo para produção e distribuição de vacinas em quantidade razoável para imunizar grupos prioritários. A vacina tem uma tecnologia simples de produção, é aplicada em duas doses e tem altíssimo grau de proteção. Já tivemos esse imunizante no Rio, mas, no momento, não temos nenhuma dose disponível. É muito arriscado não haver planejamento, porque não sabemos se pode ou não ocorrer aumento de casos de forma expressiva, como em outros países — pontua Soranz.

O titular da pasta diz que os profissionais do sistema de saúde estão capacitados para enfrentar a doença.

— A rede municipal está treinada, e também conseguimos orientar a rede privada. Temos mandado informes constantes sobre a atualização clínica da doença para os médicos e feito treinamentos com grupos de residentes acerca de protocolos de diagnóstico de tratamento. Então, está todo mundo atento à necessidade de diagnosticar e notificar os casos rapidamente. Na dúvida, a orientação aos médicos é notificar os casos. Depois da investigação, descartamos, se necessário. Já descartamos 2.353 casos. A Secretaria investiga todos os casos — destaca o secretário.

Em casos de sintomas, deve-se procurar uma unidade de saúde o mais rapidamente possível, recomenda Soranz.

— As pessoas devem ficar atentas a erupções na pele semelhantes a bolhas e feridas e inchaço dos gânglios, geralmente acompanhados de febre, dor no corpo, calafrios e sensação de fraqueza. As lesões na pele, que geralmente ocorrem nas áreas dos pés, mãos, bocas e órgãos genitais, podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com um líquido claro amarelado. Depois, viram crostas secas e caem. Esse líquido claro é que realiza a transmissão. Então, qualquer contato com essas lesões dissemina a doença — orienta.

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