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Choro de lado a lado; Trump no México…

Emoção de lado a lado Com 1h30 cada uma, acusação e defesa fizeram seus últimos pronunciamentos no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Janaína Paschoal chorou ao pedir desculpas à petista pelo “sofrimento causado”, mas definiu o impeachment como um remédio institucional para o governo e se disse “defensora do Brasil”. José Eduardo […]

CARDOZO: o advogado de defesa chorou ao comentar a fala de Janaína Paschoal / Pedro França/Agência Senado
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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 06h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.

Emoção de lado a lado

Com 1h30 cada uma, acusação e defesa fizeram seus últimos pronunciamentos no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Janaína Paschoal chorou ao pedir desculpas à petista pelo “sofrimento causado”, mas definiu o impeachment como um remédio institucional para o governo e se disse “defensora do Brasil”. José Eduardo Cardozo, pela defesa, afirmou que o julgamento foi a “execração de uma pessoa íntegra” e que senadores cometiam um “assassinato de reputação”. Também chorou ao comentar a fala de Janaína, e disse esperar que o próximo ministro da Justiça peça desculpas a Dilma. A sessão só terminou às 2h30.

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Ameaça a Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB) recebeu mensagem anônima em seu e-mail funcional com ameaça de morte a ele e à sua família caso não renunciasse ao cargo. Aécio foi chamado pelo remetente de “canalha asqueroso”. Outros parlamentares, como o relator do parecer que pede o impeachment de Dilma, senador Antonio Anastasia (PSDB), o tucano Antonio Imbassahy e o peemedebista Eunício Oliveira, receberam mensagens semelhantes. A Polícia Federal abrirá inquérito para investigar o caso.

Renúncia

A vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, divulgou nota em que renuncia ao cargo nesta terça-feira. No dia 28, a revista VEJA publicou um vídeo em que a jurista aparece numa manifestação contrária ao impeachment de Dilma Rousseff. Nas imagens, ela carrega uma faixa escrito “Fora, Temer. Contra o golpe!”. Não há menção ao vídeo no texto.

Jean Wyllys absolvido

O Supremo rejeitou nesta terça-feira uma queixa-crime apresentada pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) por crime contra a honra. Wyllys chamou Cunha de “ladrão” durante a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff no plenário da Casa. A Segunda Turma arquivou o processo por unanimidade, dizendo que Wyllys tem imunidade ao emitir opinião no exercício do cargo.

Rombo histórico

O déficit primário registrado pelo governo central, que engloba Tesouro, Banco Central e Previdência Social, chegou a 18,5 bilhões de reais no mês de julho. É o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1997. O resultado, apesar disso, veio melhor que o esperado por analistas, que previam um rombo de 21,9 bilhões, diante da elevação de despesas extraordinárias com o reforço fiscal dado às Olimpíadas no Rio de Janeiro. Nos sete primeiros meses do ano, o déficit acumula 51 bilhões de reais, também o pior resultado desde 1997. A meta é fechar o ano com a conta negativa em 170,5 bilhões de reais, sendo que no acumulado dos últimos 12 meses o déficit já chega a 163,3 bilhões.

Desemprego: quase 12 milhões

A taxa de desemprego subiu para 11,6% no trimestre móvel encerrado em julho, segundo divulgado pelo IBGE na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad-Contínua). Em junho, a taxa mostrava que 11,3% da população economicamente ativa estava desempregada. É o maior resultado da Pnad desde que o IBGE iniciou as medições, em 2012. No mesmo período do ano passado, a taxa de desocupação era de 8,6%. Em valores absolutos, o número de desempregados chega a 11,847 milhões de brasileiros. O número de trabalhadores em postos formais também diminuiu 1,8% na comparação com 2015, equivalente à redução de 1,7 milhão de postos de trabalho.

Trump no México

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, aceitou um convite do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e visitará o país vizinho hoje. Não foram revelados detalhes sobre a pauta do encontro. Uma das principais promessas de campanha de Trump é construir um muro na fronteira com o México, e fazer os mexicanos pagarem por ele. Na sequência, Trump fará um discurso sobre imigração no Arizona, e prometeu ser duro mais uma vez. Peña Nieto também convidou a democrata Hillary Clinton para um encontro, mas ela ainda não respondeu.

Apple multada em 13 bi

A Comissão Europeia ordenou nesta terça-feira que a Apple devolva 13 bilhões de euros — mais os juros — em impostos à Irlanda, um valor mais de dez vezes superior à maior multa desse tipo já aplicada no continente. O júri considerou ilegal um acordo feito com o governo irlandês entre 2003 e 2014 que permitiu à Apple sonegar bilhões de dólares. A empresa de tecnologia, que possui uma fábrica na Irlanda há 30 anos, pagava uma taxa diferenciada de até 1%, enquanto os impostos corporativos no país giravam em torno de 12,5%. Assim, a Apple computava na Irlanda os ganhos sobre produtos em toda a União Europeia, utilizando-se do esquema para evitar impostos no continente — onde as taxas podem passar de 30%.

Até Irlanda reclama

Em resposta à punição bilionária, o Departamento do Tesouro americano disse que a medida pode atrapalhar a parceria entre os Estados Unidos e a União Europeia, prejudicando “o investimento externo” e “o clima para negócios na Europa”. Na mesma linha, o presidente da Apple, Tim Cook, divulgou nota dizendo que a retaliação da UE pode prejudicar a criação de empregos e os investimentos da empresa na Europa, que as transações na Irlanda não foram ilegais e que a Apple recorrerá da decisão. O governo da Irlanda (que vai receber 13 bi de euros) também nega acordo especial com a Apple — os irlandeses temem perder seu posto de base empresarial barata desejada por multinacionais.

Benghazi nos e-mails

O Departamento de Estado americano informou que Hillary Clinton enviou, usando seu servidor pessoal, 30 e-mails relacionados ao ataque à embaixada do país em Benghazi, na Líbia, em 2012. As mensagens sobre Benghazi, contudo, não estavam entre as 55.000 páginas de e-mails declaradas por Hillary à Justiça. A democrata enviou milhares de mensagens usando seu servidor pessoal quando era secretária de Estado do governo Obama, mas havia afirmado que elas não continham informações que ameaçassem a segurança nacional dos Estados Unidos. O FBI, agência de inteligência americana que lidera a investigação, deve divulgar pode divulgar seu relatório sobre o caso ainda nesta quarta-feira.

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