Cheia do Madeira faz famílias deixarem casas em Porto Velho
A maioria das famílias retiradas das áreas de risco foi levada para 11 abrigos da prefeitura ou estão em casas de parentes
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 18h13.
As chuvas têm deixado famílias desabrigadas em diversos estados da Amazônia. A situação é mais crítica em Rondônia. Na capital Porto Velho, mil famílias tiveram de deixar suas casas por causa da cheia histórica do Rio Madeira e seis localidades, entre distritos e bairros, foram afetados.
Hoje (18), o nível do rio atingiu 17,79 metros. A maioria das famílias retiradas das áreas de risco foi levada para 11 abrigos da prefeitura ou estão em casas de parentes. Os moradores do distrito de Fortaleza do Abunã, que fica a 260 quilômetros de Porto Velho, estão ilhados.
Segundo o chefe de operações da Defesa Civil Municipal, Paulo Afonso Alves, as equipes de resgate têm se revezado para socorrer os moradores. O resgate é "tanto aéreo, quanto terrestre e marítimo”. Uma campanha visa a arrecadar alimentos, roupas e água para as vítimas. As doações podem ser entregues na sede da prefeitura.
De acordo com a Defesa Civil estadual, no município de Nova Mamoré, 35 turistas foram resgatados e levados para Porto Velho, após a interdição de pontes na BR-242. Nessa região, mais de 450 pessoas estão desalojadas.
No Acre, o nível do Rio Acre chegou a 14, 5 metros, afetando as cidades de Assis Brasil, Brasileira e Xapuri. Os abrigos receberam 70 famílias. O Rio Iaco, em Sena Madureira, também transbordou. A enchente afetou o município de Tarauacá.
No Amazonas, a cheia dos rios causou estragos na Região do Alto Juruá. Em Boca do Acre, há 400 famílias desabrigadas e mais de 3 mil foram afetadas.
O coronel Roberto Rocha, secretário executivo de Proteção e Defesa Civil do estado, informou que o socorro a quem vive na zona rural é demorado por causa da dificuldade de acesso. Segundo ele, são mais de três dias de barco para chegar às comunidades mais isoladas.
O coronel explica que o alto índice de chuvas e a instalação de hidrelétricas em Rondônia têm contribuído para aumentar o nível dos rios nessa época do ano.
"As chuvas na região de Porto Velho e as duas hidrelétricas construídas em Rondônia fazem com que [ o volume de água das usinas] fica acima da média e as comportas ficam abertas o tempo todo, para a vazão da água. Esse volume de água afeta os rios da Amazônia".
De acordo com o meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia, Marcelo Gama, a cheia dos rios também é impactada pelas chuvas nos países vizinhos à Amazônia.
No Maranhão, o acesso às cidades de Açailândia e Imperatriz foi restabelecido na tarde de ontem (17). No último domingo (16), foi interditado o trecho da BR- 010 que liga as cidades, após o surgimento de uma cratera.
As chuvas têm deixado famílias desabrigadas em diversos estados da Amazônia. A situação é mais crítica em Rondônia. Na capital Porto Velho, mil famílias tiveram de deixar suas casas por causa da cheia histórica do Rio Madeira e seis localidades, entre distritos e bairros, foram afetados.
Hoje (18), o nível do rio atingiu 17,79 metros. A maioria das famílias retiradas das áreas de risco foi levada para 11 abrigos da prefeitura ou estão em casas de parentes. Os moradores do distrito de Fortaleza do Abunã, que fica a 260 quilômetros de Porto Velho, estão ilhados.
Segundo o chefe de operações da Defesa Civil Municipal, Paulo Afonso Alves, as equipes de resgate têm se revezado para socorrer os moradores. O resgate é "tanto aéreo, quanto terrestre e marítimo”. Uma campanha visa a arrecadar alimentos, roupas e água para as vítimas. As doações podem ser entregues na sede da prefeitura.
De acordo com a Defesa Civil estadual, no município de Nova Mamoré, 35 turistas foram resgatados e levados para Porto Velho, após a interdição de pontes na BR-242. Nessa região, mais de 450 pessoas estão desalojadas.
No Acre, o nível do Rio Acre chegou a 14, 5 metros, afetando as cidades de Assis Brasil, Brasileira e Xapuri. Os abrigos receberam 70 famílias. O Rio Iaco, em Sena Madureira, também transbordou. A enchente afetou o município de Tarauacá.
No Amazonas, a cheia dos rios causou estragos na Região do Alto Juruá. Em Boca do Acre, há 400 famílias desabrigadas e mais de 3 mil foram afetadas.
O coronel Roberto Rocha, secretário executivo de Proteção e Defesa Civil do estado, informou que o socorro a quem vive na zona rural é demorado por causa da dificuldade de acesso. Segundo ele, são mais de três dias de barco para chegar às comunidades mais isoladas.
O coronel explica que o alto índice de chuvas e a instalação de hidrelétricas em Rondônia têm contribuído para aumentar o nível dos rios nessa época do ano.
"As chuvas na região de Porto Velho e as duas hidrelétricas construídas em Rondônia fazem com que [ o volume de água das usinas] fica acima da média e as comportas ficam abertas o tempo todo, para a vazão da água. Esse volume de água afeta os rios da Amazônia".
De acordo com o meteorologista do Sistema de Proteção da Amazônia, Marcelo Gama, a cheia dos rios também é impactada pelas chuvas nos países vizinhos à Amazônia.
No Maranhão, o acesso às cidades de Açailândia e Imperatriz foi restabelecido na tarde de ontem (17). No último domingo (16), foi interditado o trecho da BR- 010 que liga as cidades, após o surgimento de uma cratera.