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Chapecoense nega pressão e diz que opção pela LaMia foi técnica

"A LaMia reunia todos os requisitos que a Chapecoense buscava para suas viagens internacionais", disse o diretor de comunicação do clube

LaMia: a contratação foi feita por três pessoas do clube (Reuters)

LaMia: a contratação foi feita por três pessoas do clube (Reuters)

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EFE

Publicado em 1 de dezembro de 2016 às 13h43.

Chapecó - A Chapecoense negou nesta quarta-feira qualquer tipo de pressão por parte da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) na contratação da companhia aérea boliviana Lamia para o transporte da equipe à Colômbia e afirmou que a escolha foi feita por critérios técnicos.

"Que fique claro: a contratação ocorreu por critérios técnicos. A LaMia reunia todos os requisitos que a Chapecoense buscava para suas viagens internacionais", disse o diretor de comunicação do clube, Andrei Copetti, em entrevista coletiva na Arena Condá.

Copetti disse que um dos critérios considerados foi a "qualidade da aeronave", já que o modelo Avro Regional Jet 85, que caiu na madrugada de terça-feira nos arredores de Medellín, no noroeste da Colômbia, é o mesmo usado pela família real britânica.

"É um avião com todas as condições para fazer viagens de média distância, com todas as condições de segurança", ressaltou.

A tragédia com o voo da Lamia deixou 71 mortos, entre eles 19 jogadores da Chapecoense, além de dirigentes, membros da comissão técnica do clube, convidados, integrantes da tripulação e jornalistas. Outras seis pessoas sobreviveram ao acidente.

Além disso, Copetti revelou que a própria companhia ofereceu serviços à Chapecoense ao ver que o clube participava da Copa Sul-Americana e precisava de viagens internacionais pela região.

"Eles nos procuraram e ofereceram seus serviços. Isso foi analisado no clube em relação a uma série de requisitos do departamento de logística e optamos pela Lamia por questões técnicas", explicou o diretor de comunicação da Chapecoense.

A contratação foi feita por três pessoas do clube: os diretores de logística, de administração e o próprio presidente. Todos estavam a bordo da aeronave e faleceram no acidente.

"Vamos deixar muito claro: não há indicação da Conmebol, a Prefeitura não está envolvida. A Lamia tinha experiência em transportar equipes de futebol, já tinha levado a seleção da Argentina, da Bolívia, um total de 30 equipes", disse Copetti.

A polêmica surgiu por causa de uma informação publicada pelo portal "UOL", que disse ter consultado quatro dirigentes de clubes brasileiros e dois prestadores de serviços associados a essas equipes. Eles afirmaram que havia uma "orientação informal" da Conmebol para que a Lamia fosse escolhida para o deslocamento dos times durante os torneios oficiais da entidade.

Segundo as fontes consultadas pelo "UOL", a Conmebol "usava o know-how como argumento e chegou a fazer pressão para que a Lamia fosse selecionada como meio de transporte em viagens no continente".

Sobre a possibilidade de a Chapecoense entrar com medidas legais contra a companhia aérea, Copetti disse que, por enquanto, essa opção não está em cima da mesa. De acordo com o dirigente, a prioridade agora é a repatriação dos corpos das vítimas e o velório coletivo previsto para ocorrer amanhã na Arena Condá.

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