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Chanceleres do Mercosul se reúnem para decidir sobre Venezuela

O compromisso assinado em 1998 inclui uma cláusula democrática que pode levar à suspensão política do país no bloco

Venezuela: "É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura", disse ministro das Relações Exteriores do Brasil (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 5 de agosto de 2017 às 14h17.

Os chanceleres do Mercosul - bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - estão reunidos hoje (5) para tomar uma decisão sobre a situação da Venezuela com base no Protocolo de Ushuaia. O compromisso assinado em 1998 inclui uma cláusula democrática que pode levar à suspensão política do país no bloco.

Atualmente, o Brasil ocupa a presidência temporária do bloco. O encontro está sendo realizado na prefeitura de São Paulo, no centro da cidade. Ontem (4), o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes disse, por meio de sua conta no Twitter, que o Brasil vai pedir a suspensão da Venezuela do Mercosul.

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"É intolerável que nós tenhamos no continente sul-americano uma ditadura. Houve uma ruptura da ordem democrática na Venezuela", disse. "E, por consequência, o Brasil vai propor que ela seja suspensa do Mercosul até que a democracia volte.", completou.

Desde abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, muitas delas violentas e que já deixaram cerca de 100 mortos e mais de mil feridos. O governo Maduro deu posse nesta sexta-feira (4) a uma nova Assembleia Nacional Constituinte, que a oposição não aceita. A iniciativa foi criticada pelo Mercosul, bloco do qual a Venezuela também faz parte, mas está suspensa por causa dos conflitos políticos.

Eleita presidente da Assembleia Nacional Constituinte venezuelana, a governista Delcy Rodríguez convocou para hoje (5) a primeira sessão do poder "plenipotenciário" para iniciar o processo que reformará a Constituição e reordenará o Estado.

Delcy também acusou a oposição de espalhar ideias falsas sobre o que acontece no país e garantiu que "na Venezuela não há fome, na Venezuela há vontade aqui não há crise humanitária, aqui há amor"

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