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CFM torna cirurgia bariátrica área de atuação da medicina

Resolução do Conselho Federal de Medicina tornou a cirurgia bariátrica uma área de atuação da medicina, que poderá ter uma residência específica


	Material de cirurgia: anualmente são feitas cerca de 80 mil cirurgias desse tipo no país
 (Getty Images)

Material de cirurgia: anualmente são feitas cerca de 80 mil cirurgias desse tipo no país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 18h02.

Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) tornou a cirurgia bariátrica uma área de atuação da medicina. 

Com a medida, a cirurgia bariátrica passa a ser formalmente  ligada às áreas de cirurgia geral e de cirurgia do aparelho digestivo e poderá ter uma residência específica.

Anualmente são feitas cerca de 80 mil cirurgias desse tipo no país.

Segundo, o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Josemberg Campos, atualmente os médicos fazem uma disciplina voltada para esta área durante a residência de cirurgia geral ou de cirurgia no aparelho digestivo.

Com a mudança, universidades poderão se habilitar para abrir uma residência específica na área, com duração de dois anos, formando cirurgiões bariátricos.

Campos diz que, com o novo status, quatro universidades manifestaram o interesse em abrir residência em cirurgia bariátrica. Depois de criadas as turmas, só poderão se matricular médicos que tenham formação nas especialidades às quais a área está atrelada.

“Antes era uma disciplina da residência. Agora serão dois anos dedicados à cirurgia bariátrica, com o estudo das técnicas, do pós-operatório e tudo o que envolve o paciente obeso. A obesidade é uma doença muito complexa e que envolve outras doenças e, por isso, é necessário um profissional bem preparado”.

Os cerca de 400 cirurgiões membros da SBCBM receberão automaticamente o título de especialistas na área. Outros cirurgiões que fazem esse tipo de procedimento poderão recorrer à Associação Médica Brasileira para solicitar o título. É possível que, em 2016, o Brasil tenha residências médicas na área.

“No final nós teremos uma especialidade reconhecida, um cirurgião bem formado, hospitais adequados, pacientes melhor tratados e, assim, grandes benefícios para todos”, concluiu Campos.

A área de reprodução assistida teve a mesma mudança de status da cirurgia bariátrica e vai ficar atrelada à ginecologia e à obstetrícia. Anualmente são feitas cerca de 25 mil fertilizações in vitro no país.   

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