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Censo 2022: taxa de analfabetismo no Nordeste é o dobro da média do Brasil; veja ranking

Os dados apontam que 14,2% da população nordestina não sabe ler e escrever, enquanto no Sul e Sudeste as taxas são de menos de 4%

Agência o Globo
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Publicado em 17 de maio de 2024 às 12h34.

O Nordeste permaneceu com a taxa de alfabetização mais baixa em relação às demais grandes regiões do país. Segundo dados do Censo 2022, 14,2% da população não sabe ler e escrever, índice que representa o dobro da média nacional. No Sul e Sudeste essa taxa é de menos de 4%. O estudo foi divulgado nesta sexta-feira, 17, pelo IBGE.

Em comparação à última edição da pesquisa, de 2010, o Nordeste apresentou relativa melhora no número de alfabetizados: um salto de 80,9% para 85,79%, em 2022.

A taxa de analfabetismo do Norte e Nordeste tinha em 2022 valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade — 15 a anos. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste a partir de 45 a 54 anos de idade.

A diferença regional atinge seu valor máximo para o grupo de 65 anos ou mais (28,2 pontos percentuais) entre as regiões Nordeste e o Sul do país.

Alagoas e Piauí com piores taxas

Dados do Censo mostram que Santa Catarina e o Distrito Federal são as unidades federativas com as maiores taxas de alfabetização, acima de 97%. Por outro lado, Alagoas e Piauí apresentam os piores índices — 82,8 e 82,3, respectivamente.

Censo 2022: veja ranking dos estados

  1. Santa Catarina: 97,3%
  2. Distrito Federal: 97,2%
  3. Rio Grande do Sul: 96,9%
  4. São Paulo: 96,9%
  5. Rio de Janeiro: 96,7%
  6. Paraná: 95,7%
  7. Mato Grosso do Sul: 94,6%
  8. Goiás: 94,5%
  9. Espírito Santo: 94,4%
  10. Mato Grosso: 94,2%
  11. Minas Gerais: 94,2%
  12. Rondônia: 93,6%
  13. Amapá: 93,5%
  14. Amazonas: 93,1%
  15. Roraima: 93,1%
  16. Pará: 91,2%
  17. Tocantins: 90,9%
  18. Acre: 87,9%
  19. Bahia: 87,4%
  20. Pernambuco: 86,6%
  21. Ceará: 85,9%
  22. Maranhão: 85%
  23. Paraíba: 84%
  24. Piauí: 82,8%
  25. Alagoas: 82,3%

93% dos brasileiros sabem ler e escrever

O Censo 2022 mostrou que a taxa de alfabetização entre os brasileiros é de 93%. Isso significa dizer que entre as 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabem ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabem.

Os últimos dados apontaram que o analfabetismo caiu 2,6% em relação ao Censo de 2010. Naquela época eram 9,6% da população sem saber ler e escrever, enquanto agora o percentual é 7%. Em 1940, dados do IBGE apontavam um Brasil ainda mais sem instrução: menos da metade da população (44%) era alfabetizada.

O IBGE considera alfabetizadas as pessoas que sabem ler e escrever pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que conhece, independentemente de estar ou não frequentando escola ou de ter concluído períodos letivos. Também é levado em consideração indivíduos que utilizam o Sistema Braille e que tinham habilidade para a leitura ou escrita, mas se tornaram fisicamente ou mentalmente incapacitados.

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