O acesso à rede geral de água cresceu em 23 das 27 unidades da federação entre 2010 e 2022, mas caiu em quatro estados (Moyo Studio/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 12h01.
O serviço de abastecimento de água canalizada cresceu nos últimos 12 anos no país, mas ainda está longe de ser universalizado. Menos da metade da população que mora no Pará, Amapá e Rondônia, três estados da Região Norte, tem acesso à rede geral como fonte principal de acesso. São os únicos estados em que o serviço ainda não alcança a maior parte dos lares.
É o que mostram os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, que reúne informações sobre saneamento. O acesso à rede geral de água cresceu em 23 das 27 unidades da federação entre 2010 e 2022, mas caiu em quatro estados.
Para chegar a essa conclusão, o IBGE analisa o percentual de moradores que tem o acesso à rede geral de água como sua fonte principal de abastecimento.
Veja abaixo como é e como era o acesso à agua encanada no país. Caso não esteja visualizando a ferramenta interativa, clique aqui.
No Amapá, 43% dos moradores informaram ter a rede geral como principal fonte de abastecimento de água. Em Rondônia, esse percentual é de 45%.
No Pará, a proporção é de 48% - nos últimos 12 anos, houve uma pequena melhora no estado, com alta de um ponto percentual nesse indicador. São as únicas unidades da federação em que o percentual de moradores com acesso à rede geral é inferior a 50%.
Na outra ponta, São Paulo e Distrito Federal têm percentual de cobertura acima de 92%, mais que o dobro do observado do Amapá.
A proporção de pessoas morando em lares sem água encanada é mais elevada no Norte e Nordeste, conforme aponta o IBGE. Esse percentual é de 6,5% e 6%m respectivamente. São valores dez vezes superiores ao observado no Centro-Oeste (0,5%), Sudeste (0,4%) e Sul (0,2%).