Cenários eleitorais mudam onde Dilma venceu com folga
O cenário favorável que a presidente teve na eleição de 2010 em seis Estados dificilmente se repetirá na sua tentativa de reeleição em outubro
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 10h27.
Brasília - O cenário favorável que a presidente Dilma Rousseff teve na eleição de 2010 em seis Estados - onde sua vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) no 1º turno superou um milhão de votos - dificilmente se repetirá na sua tentativa de reeleição em outubro.
Além de Minas Gerais e Pernambuco, onde os prováveis candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) certamente terão votações expressivas, outros Estados, como Bahia, Ceará, Rio e Maranhão apresentam hoje um quadro bastante diverso do que existia quatro anos atrás.
Em 2010, a Bahia deu 2,7 milhões de votos de vantagem a Dilma. No Ceará, ela conseguiu outros 2,1 milhões. Pernambuco (1,97 milhão), Minas Gerais (1,75 milhão), Maranhão (1,63 milhão) e Rio de Janeiro (1 milhão) completaram o quadro, garantindo-lhe folga de 11,27 milhões de votos sobre o rival.
Além disso, aliados de Serra acusaram Aécio - que era candidato ao Senado - de não se empenhar por ele na briga presidencial no Estado. E Campos apoiou o PT em Pernambuco.
PMDB
Nos outros quatro Estados, o principal problema hoje é a proximidade cada vez maior do PMDB com o PSDB. Na Bahia, a legenda articula uma frente de oposição a Dilma que inclui o DEM. Além disso, o PSB de Campos terá candidatura própria entre os baianos.
No Rio, Sérgio Cabral (PMDB) deu palanque a Dilma em 2010 mas este ano, sem o mesmo prestígio da época, tenta fazer seu sucessor - e, diante da candidatura de Lindhberg Faria (PT), avança nas conversas com o PSDB.
O mesmo ocorre no Ceará, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira quer ser candidato ao governo mas sente-se preterido pelo PT. Assim, tenta também uma aliança ao menos informal com o PSDB de Tasso Jereissati.
No Maranhão, o PT tenta não melindrar o clã Sarney, que ainda está sem um nome forte para disputar a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB). Mas o diretório regional do PT deve vetar uma aliança com o PMDB.
Em 2010, a eleição foi ao segundo turno e Dilma venceu por 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% de Serra. Para este ano, o ideal para o PT seria liquidar a fatura no 1º turno. O próprio partido avalia que, no 2º, o cenário é menos seguro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - O cenário favorável que a presidente Dilma Rousseff teve na eleição de 2010 em seis Estados - onde sua vantagem sobre o rival José Serra (PSDB) no 1º turno superou um milhão de votos - dificilmente se repetirá na sua tentativa de reeleição em outubro.
Além de Minas Gerais e Pernambuco, onde os prováveis candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) certamente terão votações expressivas, outros Estados, como Bahia, Ceará, Rio e Maranhão apresentam hoje um quadro bastante diverso do que existia quatro anos atrás.
Em 2010, a Bahia deu 2,7 milhões de votos de vantagem a Dilma. No Ceará, ela conseguiu outros 2,1 milhões. Pernambuco (1,97 milhão), Minas Gerais (1,75 milhão), Maranhão (1,63 milhão) e Rio de Janeiro (1 milhão) completaram o quadro, garantindo-lhe folga de 11,27 milhões de votos sobre o rival.
Além disso, aliados de Serra acusaram Aécio - que era candidato ao Senado - de não se empenhar por ele na briga presidencial no Estado. E Campos apoiou o PT em Pernambuco.
PMDB
Nos outros quatro Estados, o principal problema hoje é a proximidade cada vez maior do PMDB com o PSDB. Na Bahia, a legenda articula uma frente de oposição a Dilma que inclui o DEM. Além disso, o PSB de Campos terá candidatura própria entre os baianos.
No Rio, Sérgio Cabral (PMDB) deu palanque a Dilma em 2010 mas este ano, sem o mesmo prestígio da época, tenta fazer seu sucessor - e, diante da candidatura de Lindhberg Faria (PT), avança nas conversas com o PSDB.
O mesmo ocorre no Ceará, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira quer ser candidato ao governo mas sente-se preterido pelo PT. Assim, tenta também uma aliança ao menos informal com o PSDB de Tasso Jereissati.
No Maranhão, o PT tenta não melindrar o clã Sarney, que ainda está sem um nome forte para disputar a sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB). Mas o diretório regional do PT deve vetar uma aliança com o PMDB.
Em 2010, a eleição foi ao segundo turno e Dilma venceu por 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% de Serra. Para este ano, o ideal para o PT seria liquidar a fatura no 1º turno. O próprio partido avalia que, no 2º, o cenário é menos seguro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.