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Caso Perrella vai para a Comissão de Ética em Minas

Helicóptero de propriedade de empresa do parlamentar foi apreendido com mais de 400 kg de cocaína no interior do Espírito Santo

Entrevista coletiva com o deputado Gustavo Perrella na Sala de Imprensa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 18h09.

Belo Horizonte - A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) abrirá procedimento para apurar o envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella (Partido Solidariedade) com a apreensão do helicóptero de propriedade da empresa Limeira Agropecuária, da qual o parlamentar é sócio, no interior do Espírito Santo, com mais de 400 kg de cocaína .

Em nota, a ALMG, além de exonerar o piloto Rogério Almeida, que é contratado da Assembleia de Minas pelo deputado Gustavo Perrella, informou que a Procuradoria Geral da Casa acompanhará o andamento das apurações que serão feitas e que não serão toleradas ações que firam o decoro exigido pelo parlamento mineiro.

O deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) afirmou que a medida apresentada pela mesa diretora da Assembleia é bem-vinda, apesar de tardia. Segundo ele, enquanto a Polícia Federal investiga se a droga apreendida no helicóptero tem relação com o deputado estadual Gustavo Perrella ou com o seu pai, o senador Zezé Perrella, que também utilizou a aeronave com verba indenizatória do Senado Federal, a ALMG poderá mover processos administrativos.

"Uma coisa é o trabalho da Polícia Federal, que deve investigar se os dois parlamentares têm ou não relação com a droga. Em paralelo, tanto o Senado, quanto a Assembleia de Minas, devem instaurar processos administrativos para responder perguntas como: o helicóptero foi utilizado para fins pessoais com combustível pago pela verba indenizatória?", disse.

Para Sávio Souza Cruz, a simples exoneração do servidor, piloto da aeronave, não é suficiente. "É preciso também investigar se o deputado feriu princípios administrativos, utilizando verbas e servidores públicos para fins pessoais", comentou.

Caso a Polícia Federal confirme envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella com a droga apreendida, ele terá dificuldade de se livrar de um processo de cassação, conforme já afirmou o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base do deputado Gustavo Perrella. "A comissão poderá propor penalidades proporcionais ao dano causado, que pode variar de advertência, suspensão, até medida mais extrema, que seria a cassação, o que a gente não deseja", concluiu.

Nem mesmo o partido do deputado Gustavo Perrella excluiu por completo a possibilidade de envolvimento do parlamentar. Na tarde desta sexta-feira, o partido Solidariedade, do qual é filiado há cerca de dois meses apenas, divulgou uma nota de apoio, dizendo que aguardará a conclusão da investigação para decidir sua situação.

Apesar de ressaltar que Gustavo Perrella participa do processo apenas como proprietário da aeronave e como testemunha do episódio, a nota afirma que o Solidariedade aguardará a conclusão da investigação para se manifestar.

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Em nota, a ALMG, além de exonerar o piloto Rogério Almeida, que é contratado da Assembleia de Minas pelo deputado Gustavo Perrella, informou que a Procuradoria Geral da Casa acompanhará o andamento das apurações que serão feitas e que não serão toleradas ações que firam o decoro exigido pelo parlamento mineiro.

O deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) afirmou que a medida apresentada pela mesa diretora da Assembleia é bem-vinda, apesar de tardia. Segundo ele, enquanto a Polícia Federal investiga se a droga apreendida no helicóptero tem relação com o deputado estadual Gustavo Perrella ou com o seu pai, o senador Zezé Perrella, que também utilizou a aeronave com verba indenizatória do Senado Federal, a ALMG poderá mover processos administrativos.

"Uma coisa é o trabalho da Polícia Federal, que deve investigar se os dois parlamentares têm ou não relação com a droga. Em paralelo, tanto o Senado, quanto a Assembleia de Minas, devem instaurar processos administrativos para responder perguntas como: o helicóptero foi utilizado para fins pessoais com combustível pago pela verba indenizatória?", disse.

Para Sávio Souza Cruz, a simples exoneração do servidor, piloto da aeronave, não é suficiente. "É preciso também investigar se o deputado feriu princípios administrativos, utilizando verbas e servidores públicos para fins pessoais", comentou.

Caso a Polícia Federal confirme envolvimento do deputado estadual Gustavo Perrella com a droga apreendida, ele terá dificuldade de se livrar de um processo de cassação, conforme já afirmou o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, deputado estadual Sebastião Costa (PPS), que é da mesma base do deputado Gustavo Perrella. "A comissão poderá propor penalidades proporcionais ao dano causado, que pode variar de advertência, suspensão, até medida mais extrema, que seria a cassação, o que a gente não deseja", concluiu.

Nem mesmo o partido do deputado Gustavo Perrella excluiu por completo a possibilidade de envolvimento do parlamentar. Na tarde desta sexta-feira, o partido Solidariedade, do qual é filiado há cerca de dois meses apenas, divulgou uma nota de apoio, dizendo que aguardará a conclusão da investigação para decidir sua situação.

Apesar de ressaltar que Gustavo Perrella participa do processo apenas como proprietário da aeronave e como testemunha do episódio, a nota afirma que o Solidariedade aguardará a conclusão da investigação para se manifestar.

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