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Caso não receba apoio do governo, Doria promete "plano B" para vacina

De acordo com Doria, a vacina Coronavac já está nos últimos dias da fase 3 de testes, "sem ter apresentado nenhum obstáculo e contraindicação"

 (Governo de São Paulo/Divulgação)

(Governo de São Paulo/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 18h03.

Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 21h01.

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou nesta sexta-feira, 9, que tem um "plano B" para a disponibilização nacional de doses da Coronavac, caso não receba aporte financeiro do Ministério da Saúde para a distribuição do imunizante, que está em fase de testes em voluntários e é uma parceria do Instituto Butantã com a chinesa Sinovac. Ele confirmou que tem recebido a visita de deputados, senadores e governadores de outros estados, que já estariam interessados em adquirir a vacina.

"Nossa conversa é republicana. Não fazemos conversas políticas, eleitorais ou ideológicas em torno da vacina. Tanto é fato que os deputados, senadores e governadores são de vários partidos", explicou Doria. No próximo dia 21, ele afirmou que terá uma reunião "definitiva" com representantes do Ministério da Saúde para decidir se a pasta irá adquirir ou não as doses da vacina e a subsequente distribuição pelo SUS.

"Já teremos concluído a última fase de testagem da vacina, ela já estará sendo avaliada pela Anvisa e já teremos recebido 5 milhões de doses da vacina em São Paulo. Estaremos prontos para avançar", afirmou. De acordo com o governador, a Coronavac foi classificada como uma das oito mais promissoras pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já está "nos últimos dias" da fase 3 de testagens, "sem ter apresentado nenhum obstáculo, contraindicação ou percalço".

Doria explicou ainda que o "plano prioritário" é manter um cronograma de imunização nacional, contando com o apoio do ministério. "Essa é a forma correta, republicana e ética. Porém, se houver qualquer viés de ordem política, eleitoral ou ideológica que possa colocar em prejuízo os brasileiros de São Paulo, o estado vai adotar a vacina, aprová-la na Anvisa e faremos a imunização dos brasileiros de São Paulo sim", declarou. Ele ainda reforçou que, neste caso, a Coronavac também estaria disponível para os outros estados.

"Nós garantimos a vacina para os 45 milhões de brasileiros em São Paulo e desejamos que esta e outras possam chegar ao mesmo tempo a todos os brasileiros. Esse é o esforço que estamos fazendo junto com o Ministério da Saúde."

Doria já havia declarado que, caso a vacina passe nos testes e seja aprovada pela Anvisa, ela começará a ser aplicada a partir de 15 de dezembro em profissionais de saúde.

O governo de São Paulo já assinou um contrato com a Sinovac de fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac até dezembro deste ano. Até o final do ano, a farmacêutica vai enviar 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas e envasadas em São Paulo. Outras 14 milhões de doses devem ser fornecidas até fevereiro do ano que vem.

Doria já havia pedido pelo menos 1,9 bilhão de reais ao Ministério da Saúde para ampliar a previsão de entrega da vacina Coronavac no próximo ano, ampliando de 60 milhões para 120 milhões de doses.

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