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Caso de Flávio Bolsonaro "não tem nada" a ver com governo, diz Mourão

Para o vice-presidente, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões

Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro recebem diplomação no TSE (Rafael Carvalho/Governo de Transição/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 20 de janeiro de 2019 às 14h48.

Rio de Janeiro - O caso envolvendo movimentações financeiras atípicas do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e de seu ex-assessor Fabrício Queiroz não é assunto do governo que começou em 1º janeiro, apesar de o parlamentar ser filho do presidente Jair Bolsonaro, avaliou neste domingo o vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão.

"É preciso dizer que o caso Flávio Bolsonaro não tem nada a ver com o governo", disse à Reuters Mourão, que assume interinamente a Presidência da República enquanto Bolsonaro participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

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Para Mourão, é preciso aguardar o andamento dos fatos e investigações antes de se tirar conclusões.

Flávio Bolsonaro é investigado na esfera cível da Justiça do Rio de Janeiro por suspeita de movimentação atípica detectada pelo Conselho de Controle de Atividade Financeiras (Coaf).

Segundo reportagens do Jornal Nacional, da TV Globo, o Coaf identificou 48 depósitos de 2 mil reais entre junho e julho de 2017 e um pagamento de pouco mais de 1 milhão de reais de um título bancário da Caixa Econômica Federal na conta de Flávio Bolsonaro, então deputado estadual.

Neste domingo, o jornal O Globo destacou ainda que Queiroz chegou a movimentar em sua conta, além de 1,2 milhão de reais já divulgados, outros 5,8 milhões de reais, totalizando 7 milhões de reais em três anos.

Procurada, a assessoria de imprensa de Flávio Bolsonaro disse que o senador eleito não comentaria o assunto.

Câmara

O vice-presidente aproveitou também para elogiar o atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tenta a reeleição para o comando da Casa.

Maia já obteve apoio de vários partidos, incluindo o PSL de Bolsonaro, e teria a simpatia de integrantes da equipe econômica do governo, incluindo o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que tentará emplacar projetos relevantes como a reforma da Previdência, já em discussão no governo.

"O Rodrigo Maia tem noção do tamanho do problema (do país)", disse Mourão à Reuters.

O vice-presidente também afirmou não ver problema na escolha de um deputado novato, major Vitor Hugo (PSL-GO), para ser o líder do governo na Câmara, conforme anúncio feito recentemente.

"Vitor Hugo tem capacidade e competência para essa missão", avaliou ele.

Ao ser questionado como ficaria a reforma da Previdência para as Forças Armadas, Mourão declarou que "os militares estão discutindo o tema com a equipe econômica".

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