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Carreira política de Marina começou no movimeto seringalista

Filha de seringueiros e nascida Maria Osmarina Silva de Souza, Marina aprendeu a ler e escrever apenas aos 16 anos, pelo Mobral


	Marina Silva: candidata herdou problemas de saúde ligados à contaminação por mercúrio
 (Creative Commons)

Marina Silva: candidata herdou problemas de saúde ligados à contaminação por mercúrio (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 18h20.

Brasília - Nascida na cidade de Breu Velho, no Acre, a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva teve o início de sua vida política profundamente ligado ao movimento seringalista da década de 80.

Filha de seringueiros e nascida Maria Osmarina Silva de Souza, Marina aprendeu a ler e escrever apenas aos 16 anos, pelo Mobral, programa de alfabetização do governo militar na década de 70.

Depois disso, cursou história na Universidade Federal do Acre e se especializou em teoria psicanalítica, psicopedagogia e metodologia em ciências contábeis, todas pela Universidade de Brasília.

Trabalhou como empregada doméstica e professora.

Da infância pobre, a candidata herdou também problemas de saúde ligados à contaminação por mercúrio, decorrentes da água poluída pela atividade garimpeira na região onde morava, leishmaniose, hepatite e malária.

Ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Partido dos Trabalhadores (PT) no Acre.

Seu primeiro cargo público eletivo foi como vereadora de Rio Branco, em 1988.

Elegeu-se deputada estadual em 1990 e senadora em 1994, aos 36 anos, a mais jovem eleita, até então.

Foi reeleita em 2002, mas afastou-se em 2003 para assumir o Ministério do Meio Ambiente no governo Lula.

Foi ministra até 2008, quando deixou a pasta após desgaste e divergências com outros membros do governo.

No ano seguinte, Marina desfiliou-se do PT, em decisão que considerou uma das mais difíceis de sua vida.

Passou a compor o Partido Verde (PV), pelo qual se candidatou à Presidência da República em 2010.

Ao fim do primeiro turno, a candidata teve cerca de 20 milhões de votos, e ficou em terceiro lugar.

Marina ficou no PV até 2011, quando se desfiliou para iniciar o processo de criação de uma nova legenda.

Em 2013, ela anunciou que, junto com outros correligionários, tinha alcançado o número necessário de assinaturas para criar a Rede Sustentabilidade.

No entanto, uma parte das assinaturas foi invalidada pelos cartórios eleitorais e o registro do partido foi negado pela Justiça Eleitoral.

Em outubro do mesmo ano, convidada por Eduardo Campos para compor uma chapa à Presidência da República no próximo pleito, Marina filiou-se ao PSB e passou a ser candidata à Vice-Presidência.

Desde o início, ela anunciou publicamente que não desistiu de oficializar a Rede Sustentabilidade e que, tão logo fosse possível, deixaria o PSB para se filiar ao novo partido.

Com a morte de Campos em um acidente aéreo, a pouco mais de 50 dias das eleições, Marina Silva foi escolhida pelo PSB para disputar a Presidência da República, tendo como vice o deputado Beto Albuquerque (RS).

Na primeira pesquisa eleitoral após a morte de Campos, que incluiu o nome da ex-sendora como presidenciável, ela apareceu em segundo lugar, com 21% das intenções de voto, tecnicamente empatada com o candidato do PSDB, Aécio Neves.

Ao longo de sua vida pública, a ex-senadora foi reconhecida internacionalmente por seu trabalho na defesa do meio ambiente e da Floresta Amazônica.

Recebeu vários prêmios de organizações internacionais ambientalistas, da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outros organismos internacionais reconhecidos.

É casada, tem quatro filhos e professa a religião evangélica, o que, por vezes, gera polêmicas acerca de sua posição sobre temas como casamento gay, aborto e pesquisas com células tronco embrionárias.

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