Carnaval na Vila Madalena pode ter revista pessoal em 2016
Na Copa, essa foi a estratégia adotada para evitar que os torcedores acessassem o local com drogas, garrafas de vidro ou outros objetos cortantes
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 06h40.
São Paulo - As pessoas que quiserem participar do carnaval de rua na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo , no ano que vem, podem ter de passar por uma revista antes de ingressar no miolo do bairro, que compreende os arredores das Ruas Aspicuelta, Mourato Coelho e Fidalga.
Durante a Copa do Mundo, quando 70 mil pessoas chegaram a ocupar a região em dias de jogos, essa foi a estratégia adotada pela Polícia Militar para evitar que os torcedores acessassem o local com drogas, garrafas de vidro ou outros objetos cortantes.
"Existe um esforço para descentralizar o carnaval de rua, que tem aceitação pela população, e para tentar segregar esse miolo do bairro e dar a ele um tratamento de algo que precisa ser controlado, reduzido de tamanho, onde haja fiscalização de bebida alcoólica, para ter uma mínimo de controle", afirmou o subprefeito de Pinheiros, Ângelo Filardo.
"Como fazer isso: aproveitar mais a organização da Copa do Mundo. Fazer um bloqueio efetivo mais forte do acesso com controle de entrada, para identificar garrafas de vidro. Vamos estudar medidas para aumentar o controle sobre o terreno no próximo carnaval", explicou.
Na madrugada do domingo, 17, a Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral ao ser atingida por garrafas de vidro na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga.
A Prefeitura tinha a intenção de acabar com a folia nas ruas do bairro até a meia-noite, mas a quantidade de gente dificultou a dispersão e causou problemas aos moradores.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, reconheceu que falta estrutura à região e defendeu a ação da polícia:
"A região da Vila Madalena não está preparada para aquilo. Não é um problema só de segurança pública, é um problema de polícia. A polícia estava lá garantindo a segurança, principalmente, dos moradores e dos garis", disse.
"Não é possível que na Vila Madalena, que deveria ter, no máximo, 10 mil pessoas, chegue a ter 30 mil, 40 mil pessoas, mesmo após a 1h da manhã."
Para o subprefeito, o problema não são os blocos de rua, mas as pessoas que vão à Vila Madalena à noite, atraídas pela fama de bairro "festeiro".
"Neste ano deu para perceber claramente a diferença entre o carnaval dos blocos, durante a tarde sem muitos problemas, e esta outra aglomeração que acontece após os desfiles", disse.
O presidente da Sociedade Amigos da Vila Madalena (Savima), Cássio Calazans, argumenta que o carnaval de rua no bairro deve existir com organização.
"Quando se faz um evento dessa magnitude, tudo fica amplificado e foge do controle, por mais que órgãos públicos tentem fazer o seu papel. Se tiver horário para começar e terminar, além de bom senso e educação, as coisas fluem. Gostaríamos muito que aqui fosse um ponto turístico para as pessoas se divertirem. O problema é que deixou de ser carnaval para ser vandalismo à noite." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - As pessoas que quiserem participar do carnaval de rua na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo , no ano que vem, podem ter de passar por uma revista antes de ingressar no miolo do bairro, que compreende os arredores das Ruas Aspicuelta, Mourato Coelho e Fidalga.
Durante a Copa do Mundo, quando 70 mil pessoas chegaram a ocupar a região em dias de jogos, essa foi a estratégia adotada pela Polícia Militar para evitar que os torcedores acessassem o local com drogas, garrafas de vidro ou outros objetos cortantes.
"Existe um esforço para descentralizar o carnaval de rua, que tem aceitação pela população, e para tentar segregar esse miolo do bairro e dar a ele um tratamento de algo que precisa ser controlado, reduzido de tamanho, onde haja fiscalização de bebida alcoólica, para ter uma mínimo de controle", afirmou o subprefeito de Pinheiros, Ângelo Filardo.
"Como fazer isso: aproveitar mais a organização da Copa do Mundo. Fazer um bloqueio efetivo mais forte do acesso com controle de entrada, para identificar garrafas de vidro. Vamos estudar medidas para aumentar o controle sobre o terreno no próximo carnaval", explicou.
Na madrugada do domingo, 17, a Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral ao ser atingida por garrafas de vidro na esquina das Ruas Aspicuelta e Fidalga.
A Prefeitura tinha a intenção de acabar com a folia nas ruas do bairro até a meia-noite, mas a quantidade de gente dificultou a dispersão e causou problemas aos moradores.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o secretário da Segurança, Alexandre de Moraes, reconheceu que falta estrutura à região e defendeu a ação da polícia:
"A região da Vila Madalena não está preparada para aquilo. Não é um problema só de segurança pública, é um problema de polícia. A polícia estava lá garantindo a segurança, principalmente, dos moradores e dos garis", disse.
"Não é possível que na Vila Madalena, que deveria ter, no máximo, 10 mil pessoas, chegue a ter 30 mil, 40 mil pessoas, mesmo após a 1h da manhã."
Para o subprefeito, o problema não são os blocos de rua, mas as pessoas que vão à Vila Madalena à noite, atraídas pela fama de bairro "festeiro".
"Neste ano deu para perceber claramente a diferença entre o carnaval dos blocos, durante a tarde sem muitos problemas, e esta outra aglomeração que acontece após os desfiles", disse.
O presidente da Sociedade Amigos da Vila Madalena (Savima), Cássio Calazans, argumenta que o carnaval de rua no bairro deve existir com organização.
"Quando se faz um evento dessa magnitude, tudo fica amplificado e foge do controle, por mais que órgãos públicos tentem fazer o seu papel. Se tiver horário para começar e terminar, além de bom senso e educação, as coisas fluem. Gostaríamos muito que aqui fosse um ponto turístico para as pessoas se divertirem. O problema é que deixou de ser carnaval para ser vandalismo à noite." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.