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Cármen Lúcia: usar Lula para rever 2ª instância é “apequenar” STF

Segundo a presidente do STF, não há necessidade de revisar a regra sobre prisão após julgamento em 2ª instância só por causa da situação do ex-presidente

A presidente do STF, ministra Carmén Lúcia (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 09h29.

Última atualização em 30 de janeiro de 2018 às 09h47.

(Reuters) - A presidente do Supremo Tribunal Federal ( STF ), ministra Cármen Lúcia , afirmou na noite de segunda-feira, em jantar promovido pelo site Poder360, que usar a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para rever a decisão sobre o início da prisão dos condenados em segunda instância seria "apequenar muito o Supremo".

"Não sei por que um caso específico geraria uma pauta diferente. Seria apequenar muito o Supremo. Não conversei sobre isso com ninguém", afirmou a presidente do STF, de acordo com o site.

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Segundo Cármen Lúcia, o tema não foi conversado com outros ministros da Corte, e não há previsão para um novo julgamento sobre o assunto, após o Supremo ter decidido no ano passado pelo início da execução penal após condenação em segunda instância.

A presidente do Supremo reconheceu, no entanto, que algum colega do STF pode provocar discussão sobre o tema ao levá-lo à Presidência do STF, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, que também participou do jantar.

O ex-presidente Lula foi condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na semana passada, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no caso do tríplex no Guarujá (SP).

Com a regra atual determinada pelo STF, o petista pode ser preso após o julgamento de recurso pelo TRF-4.

Além da real possibilidade de prisão, Lula também estaria impedido de concorrer à reeleição devido à Lei da Ficha Limpa.

Segundo Cármen Lúcia, é improvável que o STF reverta o entendimento atual de que condenados em segunda instância ficam automaticamente impedidos de concorrer a cargos públicos, independentemente de entrarem com recursos em tribunais superiores, acrescentou o Poder360.

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