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Cardozo reclama que Janaína rompeu acordo sobre testemunhas

Ele tentou fazer um acordo com senadores pró-impeachment para evitar a impugnação de testemunhas que prestariam depoimentos


	Impeachment: ele tentou fazer um acordo com senadores pró-impeachment para evitar a impugnação de testemunhas que prestariam depoimentos
 (Divulgação / Agência Senado)

Impeachment: ele tentou fazer um acordo com senadores pró-impeachment para evitar a impugnação de testemunhas que prestariam depoimentos (Divulgação / Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2016 às 16h41.

Brasília - O advogado de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, se mostrou surpreso na tarde desta sexta-feira, 26, com a posição da jurista Janaína Paschoal de não aderir a um acordo feito entre a defesa e a acusação de Dilma.

Ele tentou fazer um acordo com senadores pró-impeachment para evitar a impugnação de testemunhas que prestariam depoimentos durante o julgamento desta sexta-feira.

Assim que o julgamento foi retomado após o almoço, Cardozo anunciou que, além de abrir mão do depoimento de ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, ele também concordava que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e o professor da Uerj Ricardo Lodi fossem ouvidos apenas como informantes.

Em troca, Cardozo tentou convencer os senadores a não apresentar um pedido de impugnação contra o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e Geraldo Prado.

Cardozo tentou articular o acordo com senadores do PSDB, como Aécio Neves e Tasso Jereissati (CE), mas a advogada de acusação, Janaína Paschoal, não concordou e avisou que vai seguir com o plano inicial.

"A minha parte no acordo, eu cumpri. E por antecedência", desabafou. "Depois de abrir mão do Belluzzo, a Janaína quer impugnar tudo. Para mim, hoje, não é importante se é testemunha ou informante. Ontem era", disse sobre Júlio Marcelo, procurador da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

A avaliação do advogado de Dilma é a de que o fato de o acordo não ter ido para a frente, no fundo, "não muda nada". A decisão cabe ao presidente do Supremo que comando o processo de impeachment no Senado, Lewandowski.

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