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Cardozo e Pezão anunciam ação conjunta contra crime no Rio

Pezão e Cardozo garantiram que, até a Olimpíada, não está prevista a ocupação de comunidades pelo Exército, a não ser em algum caso grave


	Polícia Militar do Rio de Janeiro: Pezão e Cardozo garantiram que, até a Olimpíada, não está prevista a ocupação de comunidades pelo Exército, a não ser em algum caso grave
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Polícia Militar do Rio de Janeiro: Pezão e Cardozo garantiram que, até a Olimpíada, não está prevista a ocupação de comunidades pelo Exército, a não ser em algum caso grave (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2015 às 13h11.

Rio de Janeiro - Depois de uma reunião com comandantes e oficiais das Forças Armadas, chefes das Polícias Federal e Militar e representantes de outras instituições de segurança pública, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), anunciaram ações conjuntas para atacar "pontos sensíveis" e intensificar o combate ao crime no Rio de Janeiro, com foco também nos Jogos Olímpicos de 2016.

Apesar de constantes tiroteios em algumas favelas pacificadas, Pezão e Cardozo disseram que, até a Olimpíada, não está prevista a ocupação de comunidades pelo Exército, a não ser em algum caso grave.

"Vamos preparar a segurança do Rio de Janeiro com vistas à Olimpíada. Fizemos o mesmo com a Copa do Mundo. Vamos atuar mas áreas sensíveis. O governo do Rio pode esperar todo apoio das forças federais e, na hora certa, das Forças Armadas. Queremos magníficos Jogos Olímpicos", disse Cardozo. O ministro não detalhou as áreas sensíveis.

"Vamos começar sem que as pessoas percebam. Não podemos avisar previamente para não alertar os inimigos, afirmou.

Pezão disse que os confrontos em áreas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) "sempre preocupam". "Há grupos, facções tentando desestabilizar, mas não em todos os lugares. Grandes lideranças do tráfico estão presas e outras tentam mostrar poderio", afirmou o governador.

"Acertamos que até a Olimpíada a gente não vai contar com efetivo das Forças Armadas, a não ser que algum fato relevante justifique", informou o governador.

Uma das linhas de ação será na repressão à entrada de armas pesadas, com reforço do policiamento nas fronteira e divisas dos Estados. Além da Polícia Rodoviária Federal, estarão envolvidos os serviços de inteligência das Forças Armadas e das polícias. "Temos um problema sério de entrada de armamentos. A Polícia Federal já deslocou um helicóptero para cá e estamos discutindo as entradas pelas rodovias federais", disse o governador.

Pezão e Cardozo disseram que reuniões desse tipo têm sido frequentes.

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