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Capital paulista tem verão menos chuvoso em 15 anos

A mudança de estação ficará mais evidente a partir amanhã, com a chegada de uma frente fria, que deve trazer chuva à cidade.

SP: este verão também foi um pouco menos quente do que o normal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

SP: este verão também foi um pouco menos quente do que o normal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2018 às 10h48.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 12h46.

São Paulo - O verão, que termina nesta terça-feira, 20, foi o menos chuvoso em 15 anos na capital paulista. São Paulo teve 50 dias de chuva durante a estação, o que totalizou 572,3 milímetros de precipitação - 79% da média, considerando o período entre 1961 e 2017. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Este verão também foi um pouco menos quente do que o normal. Segundo o Inmet, a média das máximas registradas na cidade ficou em 28ºC - o menor valor em 10 anos. A mais baixa temperatura foi registrada no dia 8 de janeiro (16,5ºC).

Com a chegada do outono, que começa às 13h15 desta terça-feira, a previsão é de queda nas temperaturas. Em São Paulo, a mudança de estação ficará mais evidente a partir amanhã, com a chegada de uma frente fria, que deve trazer chuva à cidade. A previsão é de temperaturas entre 23ºC e 28ºC. Mas as primeiras massas de ar polar só devem chegar ao País no mês de maio.

Reservatórios

A baixa quantidade de chuvas tem causado impacto nas represas do Estado. "Neste verão, tivemos muitos temporais, mas poucas chuvas localizadas, com vários dias consecutivos de instabilidade. São essas que alimentam os lençóis freáticos", diz Ana Maria Heuminiski de Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Na tarde desta segunda-feira, 19, a vazão do Rio Piracicaba, o principal da região de Campinas, era de 85,8 m³/s, conforme medição do Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Sais), abaixo da média histórica para março, de 126 m³/s. O Atibaia, principal responsável pelo abastecimento de Campinas, estava com 20,5 m³/s, 20% abaixo da média.

Segundo o Consórcio das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), desde a crise de 2014, as prefeituras são orientadas a ampliar as reservas de água para evitar o racionamento durante o período de estiagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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