Eduardo Campos e Marina Silva participam de reunião na Fundação Abrinq, em São Paulo (PSB/Divulgação via Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2014 às 20h42.
São Paulo - O coordenador do programa de governo de Eduardo Campos (PSB), Maurício Rands, disse nesta quinta-feira que um eventual governo do candidato terá uma política de transição para liberar os preços hoje represados, como da gasolina e da energia.
Rands negou que haja qualquer planejamento para um reajuste imediato. "Quem está dizendo que vai fazer tarifaço é o (ministro da Fazenda) Guido Mantega", disse em conversa com jornalistas.
Segundo Rands, se eleito, Campos irá promover um ajuste de expectativas para recuperar a confiança dos agentes econômicos e isso será suficiente para o governo não precisar recorrer a medidas heterodoxas, como o controle de preços.
"Não vamos fazer medida heterodoxa", reforçou. Ele garantiu que com boa governança macroeconômica não haverá risco de a inflação romper o teto da meta.
Sobre a posição do economista Eduardo Giannetti, que defendeu um reajuste de preços administrados de uma vez só, Rands disse que Giannetti apenas aconselha a equipe.
"Nós não temos, como a campanha de Aécio (Neves, candidato do PSDB), um ministro da Fazenda já escolhido pelo mercado, como o Armínio (Fraga)", disse Rands, ao argumentar que Campos irá governar com controle sobre a economia, sem "terceirizar".
E disse que é uma proposta diferente também daquela da presidente Dilma Rousseff (PT), que é centralizadora. "Não é centralizar, é ter um trabalho coletivo", defendeu.