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Câmara revoga benefício de passagens para cônjuges

A Mesa Diretora decidiu, por unanimidade, revogar o ato que concedia o pagamento de passagens aéreas a cônjuges de deputados


	Eduardo Cunha: o presidente da Casa admitiu que a pressão da opinião pública levou ao recuo da medida aprovada na semana passada
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

Eduardo Cunha: o presidente da Casa admitiu que a pressão da opinião pública levou ao recuo da medida aprovada na semana passada (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 13h29.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta terça-feira, 3, que a Mesa Diretora decidiu, por unanimidade, revogar o ato que concedia o pagamento de passagens aéreas a cônjuges de deputados. O benefício só será garantido em situações excepcionais, conforme o caso.

Cunha admitiu que a pressão da opinião pública levou ao recuo da medida aprovada na semana passada. Segundo ele, a Casa quer atuar em "sintonia" com a sociedade.

"Temos de ter sempre a humildade de andar em consonância com as versões que chegam à opinião pública. Houve um entendimento equivocado, se cristalizou uma versão de um princípio de um benefício, de uma regalia, que não era o caso", afirmou.

Com a revogação, volta a valer a proibição de pagamento de passagens para cônjuges em vigor desde 2009.

Na ocasião, foi revelado que deputados e senadores usavam recursos do Congresso para pagar passagens para amigos e familiares viajarem no Brasil e no exterior, caso que ficou conhecido como "farra das passagens".

Desde então, apenas parlamentares e assessores têm o benefício para viagens oficiais.

O peemedebista não explicou quais seriam os critérios para o pagamento de passagens em casos excepcionais. Ele citou a deficiência física da deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), terceira secretária da Mesa Diretora, que precisa de cuidados especiais e da presença constante de acompanhantes.

"Não dá para criar critérios para definir a excepcionalidade", afirmou a tucana.

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