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Câmara Municipal de São Paulo aumenta o consumo de água

Ranking com endereços de 3128 imóveis da Prefeitura mostra que 833 espaços mantidos pelo governo municipal subiram consumo de água de março a novembro de 2014

Água: 385 escolas, creches e sedes de diretorias de ensino aumentaram consumo no período (Divulgação/Cesan)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 14h39.

São Paulo - A economia de água que milhares de paulistanos estão fazendo não chegou ao Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal , na região central da capital paulista.

Um ranking com os endereços de 3128 imóveis da Prefeitura, incluindo hospitais, escolas, abrigos e gabinetes de secretários, mostra que 833 espaços mantidos pelo governo municipal, entre eles o gabinete do secretário municipal de Educação e o Estádio do Pacaembu, aumentaram o consumo de água entre março e novembro de 2014 - o que representa 26,63% do total de endereços da administração.

Até o consumo de água do antigo Cine Marrocos, hoje ocupado pelo Movimento dos Sem-Teto do Sacomã (MSTS), registrou aumento de consumo no período.

Desde março do ano passado que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) comunicou órgãos da administração direta sobre a necessidade de se economizar água.

Por meio de uma ordem interna publicada no dia 14 de janeiro deste ano, Haddad definiu que todos os órgãos da Prefeitura precisam reduzir seu consumo de água em 20%, em relação à média de consumo do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

Na Câmara Municipal, porém, a campanha pela redução de consumo de água foi lançada só no dia 2 de fevereiro pelo atual presidente, Antonio Donato (PT).

Entre março e novembro de 2014, os dois hidrômetros do Legislativo, localizados nas Ruas Santo Antônio e Santo Amaro, apontaram aumento no consumo de água em relação à média de captação feita entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

No hidrômetro da Rua Santo Amaro, a Câmara chegou a gastar em novembro 196 mil litros de água, enquanto a média de consumo na Casa entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 foi 37 mil litros - cinco vezes menos do que o consumo em novembro de 2014, no auge da seca.

Vereadores argumentam que protestos de sem-teto que chegaram a ficar acampados uma semana na Câmara em julho do ano passado, as audiências públicas do Plano Diretor, que reuniram mais de 12 mil pessoas, e obras de reformas nas garagens realizadas no segundo semestre contribuíram para o aumento do consumo.

Procurado, o ex-presidente da Legislativo José Américo (PT) não foi localizado para comentar o assunto.

Ao todo, 385 escolas, creches e sedes de diretorias de ensino também aumentaram o consumo de água no período.

Mas a maior parte dos endereços da Prefeitura (1.510, ou 48,27% do total) reduziu o consumo em mais de 20%.

Outros 785 endereços reduziram o consumo em até 20%, ou 25,10% do total.

Nunzio Briguglio Filho, secretário municipal de Comunicação, disse que o novo titular da pasta da Educação, Gabriel Chalita, foi orientado desde que assumiu a adotar gradativamente medidas de economia na rede municipal de ensino, onde estão matriculados 919 mil alunos e trabalham 84 mil servidores.

"Só não podemos adotar medidas drásticas de redução de água em creches e escolas que atendem crianças com menos de 10 anos. Ninguém vai proibir as crianças de escovarem os dentes", argumentou Briguglio Filho.

A ordem interna que Haddad publicou no dia 14 de janeiro não excluiu as escolas e creches de terem de alcançar a meta de redução do consumo de água.

Os hospitais e prontos-socorros e as unidades da Prefeitura com consumo inferior ou igual a 10 mil litros de água por mês estão excluídos da necessidade de redução de 20%.

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Até o consumo de água do antigo Cine Marrocos, hoje ocupado pelo Movimento dos Sem-Teto do Sacomã (MSTS), registrou aumento de consumo no período.

Desde março do ano passado que a gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) comunicou órgãos da administração direta sobre a necessidade de se economizar água.

Por meio de uma ordem interna publicada no dia 14 de janeiro deste ano, Haddad definiu que todos os órgãos da Prefeitura precisam reduzir seu consumo de água em 20%, em relação à média de consumo do período de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014.

Na Câmara Municipal, porém, a campanha pela redução de consumo de água foi lançada só no dia 2 de fevereiro pelo atual presidente, Antonio Donato (PT).

Entre março e novembro de 2014, os dois hidrômetros do Legislativo, localizados nas Ruas Santo Antônio e Santo Amaro, apontaram aumento no consumo de água em relação à média de captação feita entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

No hidrômetro da Rua Santo Amaro, a Câmara chegou a gastar em novembro 196 mil litros de água, enquanto a média de consumo na Casa entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 foi 37 mil litros - cinco vezes menos do que o consumo em novembro de 2014, no auge da seca.

Vereadores argumentam que protestos de sem-teto que chegaram a ficar acampados uma semana na Câmara em julho do ano passado, as audiências públicas do Plano Diretor, que reuniram mais de 12 mil pessoas, e obras de reformas nas garagens realizadas no segundo semestre contribuíram para o aumento do consumo.

Procurado, o ex-presidente da Legislativo José Américo (PT) não foi localizado para comentar o assunto.

Ao todo, 385 escolas, creches e sedes de diretorias de ensino também aumentaram o consumo de água no período.

Mas a maior parte dos endereços da Prefeitura (1.510, ou 48,27% do total) reduziu o consumo em mais de 20%.

Outros 785 endereços reduziram o consumo em até 20%, ou 25,10% do total.

Nunzio Briguglio Filho, secretário municipal de Comunicação, disse que o novo titular da pasta da Educação, Gabriel Chalita, foi orientado desde que assumiu a adotar gradativamente medidas de economia na rede municipal de ensino, onde estão matriculados 919 mil alunos e trabalham 84 mil servidores.

"Só não podemos adotar medidas drásticas de redução de água em creches e escolas que atendem crianças com menos de 10 anos. Ninguém vai proibir as crianças de escovarem os dentes", argumentou Briguglio Filho.

A ordem interna que Haddad publicou no dia 14 de janeiro não excluiu as escolas e creches de terem de alcançar a meta de redução do consumo de água.

Os hospitais e prontos-socorros e as unidades da Prefeitura com consumo inferior ou igual a 10 mil litros de água por mês estão excluídos da necessidade de redução de 20%.

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