Rússia tem pressionado a Ucrânia para não aderir à Otan (Baz Ratner/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de fevereiro de 2022 às 14h19.
Última atualização em 4 de fevereiro de 2022 às 15h10.
Caças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) interceptaram pelo menos quatro caças russos no Mar Báltico e no Mar de Barents, depois que as aeronaves não informaram seus planos de voos a autoridades da Estônia e da Noruega. Os caças, dois MiGs-31 e dois Sukhois 35, foram escoltados em águas internacionais e não houve maiores incidentes.
Caças F-15 da Força Aérea americana interceptaram caças russos operando perto do espaço aéreo aliado sobre o mar Báltico e aeronaves da Luftforsvaret e da RoyalAirForce (as forças aéreas norueguesa e britânica) interceptaram aeronaves russas voando do mar do Barents para o do Norte.
O incidente ocorreu nesta quinta-feira, 3, de acordo com a Otan, e a interação com os pilotos russos, que escoltavam aviões de carga, foi marcada pela segurança e profissionalismo de ambos os lados.
"Durante a interceptação, foi confirmado que esses caças estavam escoltando uma aeronave de transporte russa TU-154. Em nenhum momento a aeronave russa entrou no espaço aéreo aliado", disse a Otan em nota.
A tensão entre a Rússia e a Otan cresceu nos últimos dias depois de o governo americano ter anunciado o envio de 3 mil homens para o Leste Europeu, especialmente para bases da Otan na Polônia e na Romênia.
Desde o fim do ano passado, a Rússia concentra pelo menos 100 mil homens na fronteira da Ucrânia e pressiona a Otan para que o país não adira à organização. Na manhã desta sexta-feira, 4, tropas russas e bielorrussas também começaram exercícios militares em Belarus, cuja fronteira fica a menos de 200 quilômetros de Kiev, a capital ucraniana.