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Cabral nunca fez cobrança indevida de obras, diz Pezão

O governador depôs como ouvinte do ex-governador Sérgio Cabral, em alçao sobre as obras no Estado que apareceram sob suspeita nas investigações do MPF

Pezão e Cabral: o atual governador negou ter tido conhecimento de que Cabral teria interferido na escolha de alguma empresa vencedora de licitação (Tomaz Silva/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2017 às 16h29.

Rio - O governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta sexta-feira, 7, em depoimento à Justiça, que terá início na segunda-feira um debate em Brasília sobre as obras no Estado que apareceram sob suspeita nas investigações do Ministério Público Federal (MPF), como a reforma do Maracanã. As discussões vão envolver o Ministério da Transparência.

O peemedebista disse ter recebido a confirmação do ministro da Transparência, Torquato Lorena Jardim, sobre o início do seminário que fará o debate na segunda-feira.

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"Há dois meses pedi ao Ministério da Transparência, à Caixa Econômica Federal e ao Ministério das Cidades que fizessem um grande encontro de trabalho onde colocaríamos todos nossos técnicos à disposição da CGU (Controladoria Geral da União) e TCU (Tribunal de Contas da União)", afirmou à 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

O governador depôs como ouvinte chamado pela defesa do ex-governador Sérgio Cabral.

De acordo com o peemedebista, o pedido teve início depois que "começaram a sair relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE)", que teria informações sobre irregularidades nas obras.

Um dos documentos citados por Pezão foi o que apontou superfaturamento na construção da Linha 4 do metrô do Rio, alvo de uma recente operação da Lava Jato no Rio.

"Pedi a esse grupo de trabalho para mostrarmos as diferenças que podem ter entre tribunais eas tabelas que usamos. Esse debate começa na segunda-feira em Brasília", disse.

No depoimento, Pezão negou ainda a cobrança de valores indevidos por Cabral nas obras do Estado à época em que era secretário. Perguntado, se alguma vez Cabral mencionou ou se ele testemunhou a cobrança de valores indevidos em relação a obras citadas nas investigações, como Arco Metropolitano, PAC das Favelas ele disse: "Nunca".

Também negou ter tido conhecimento de que Cabral teria interferido na escolha de alguma empresa vencedora de licitação. "Nunca", reafirmou.

O depoimento de Pezão durou pouco mais do que 10 minutos. Ontem, ele depôs para o juiz Sérgio Moro, em outro processo em que Cabral é réu na Lava Jato. Ele foi secretário de Obras do governo Cabral de 2007 a 2010, também foi vice-governador.

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