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Bruno Covas alfineta Bolsonaro: aqui em São Paulo não tem 'e daí?'

Declaração foi feita em entrevista em que Covas comentou ajuda da Prefeitura para evitar longas filas nas agências da Caixa

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anuncia a nova modalidade do programa Corujão da Saúde, durante entrevista à imprensa (Rovena Rosa/Agência Brasil)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anuncia a nova modalidade do programa Corujão da Saúde, durante entrevista à imprensa (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de maio de 2020 às 10h15.

Bruno Covas

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou na manhã desta sexta-feira, 1, que a Prefeitura tem trabalhado para evitar longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal, mesmo que o governo federal não tenha solicitado ajuda, e aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro.

"(Eles) não pediram a nossa ajuda, mas mesmo assim decidimos ajudar. O que acontece em São Paulo, de certa forma, também é nossa responsabilidade. Aqui não tem 'e daí?'", disse o prefeito em alusão à resposta que Bolsonaro deu quando foi questionado na quarta-feira, 29, sobre o aumento do número de mortes causadas pelo covid-19.

Covas, que deu a declaração durante participação em programa da GloboNews, afirmou que a Prefeitura tem ajudado tirando dúvidas da população em relação aos auxílios emergenciais e tem enviado profissionais da Guarda Municipal e da Saúde para organizar as filas nas agências. "Nem isso a Caixa está fazendo", disse o prefeito.

O tucano também rebateu declaração de Bolsonaro de que os Estados e municípios não estão conseguindo achatar a curva dos novos casos de coronavírus. O prefeito ressaltou que o número de mortes seria "muito maior" se não fossem as medidas de isolamento social.

"Se o presidente colaborasse, pelo menos orientando as pessoas a ficar em casa, talvez não tivéssemos esse índice de preocupante de 48% das pessoas ficando em casa", afirmou o prefeito. O ideal segundo o governo do Estado, é que o índice seja de pelo menos 60%.

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