Brumadinho: Bombeiros divulgam 11 mortes, 46 resgates e 299 desaparecidos
Segundo comunicado do Corpo de Bombeiros, há 86 famílias aguardando resgate em áreas de difícil acesso
Clara Cerioni
Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 14h21.
Última atualização em 26 de janeiro de 2019 às 15h25.
Belo Horizonte — Às 14 horas deste sábado (26), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou que até o momento foram confirmadas 11 vítimas fatais da tragédia em Brumadinho .
Em comunicado, a instituição divulgou, ainda, que 46 pessoas foram resgatadas com vida e há 299 desaparecidos.
"Até agora, são 86 famílias cadastradas em zonas de alto salvamento —treinamento em ponto alto para serem socorridas. Destas, duas foram contatadas e resgatadas", diz a nota.
De acordo com informações, as outras famílias estão aguardando para serem resgatadas. "A ausência de energia elétrica, sinal de telefonia e internet dificultam a localização exata das vítimas", conclui.
Sobreviventes em quatro pontos
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Edgar Estevo da Silva, afirmou que a corporação trabalha com a possibilidade de encontrar sobreviventes do rompimento da barragem em Brumadinho em pelo menos quatro pontos da região.
Segundo o coronel, 39 bombeiros atuam nas buscas nesses locais.
"Temos a possibilidade de quatro pontos que estão sendo trabalhados com possíveis vítimas vivas. Existe essa esperança e o Corpo de Bombeiros vai trabalhar ininterruptamente para não só bater toda a área com possibilidade de vítimas vivas, como até o último momento (para localizar) vítimas desaparecidas", disse o coronel Estevo.
"São quatro pontos: um ônibus que foi localizado, uma locomotiva que foi localizada, um ponto de um prédio também localizado, e a comunidade Parque das Cachoeiras", revelou o comandante.
O chefe dos bombeiros disse ainda que a corporação deverá pedir ajuda federal e de outros estados a partir de segunda-feira.
"Nosso presidente Bolsonaro colocou à disposição tropas da Força Nacional, outros bombeiros, pessoal de força militar - Exército, Marinha, Aeronáutica. Nós estamos aguardando os próximos dois dias, fazendo uma análise melhor de todo o terreno, para empregar no momento certo outras tropas especializadas", comentou.
"Muito provavelmente vamos precisar de cães farejadores a partir de segunda-feira, e aí vamos fazer contato tanto com o governo federal, quanto com cada um dos corpos de bombeiros militares do Brasil que estão disponibilizando todo esse apoio."
(Com Estadão Conteúdo)