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Brasileiro busca mais crédito, mas incerteza na economia limita concessão

Segundo o Índice Neurotech de Demanda por Crédito, demanda por financiamentos subiu 21% em fevereiro deste ano, frente ao ano passado

 (Joe Raedle/Getty Images)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de abril de 2022 às 14h26.

A busca por financiamento no Brasil voltou a subir em fevereiro após cair 10% em janeiro. No período, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) cresceu 2%. Na comparação com o segundo mês de 2021, contudo, a alta foi mais expressiva, de 21%.

Apesar da expansão do INDC, o momento é de muita incerteza, o que tende a impactar mais na concessão do que na demanda por crédito, avalia o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Breno Costa.

"Estamos atravessando um período de turbulência global, além da conjuntura econômica local, que não é nada boa. O brasileiro tem apetite por financiamento, porém as instituções estão mais reticentes quanto aos reflexos dessa movimentação nas operações das empresas e na renda das famílias, o que impacta diretamente nas percepções de risco", avalia.

O setor de serviços continuou puxando a procura por financiamento, com procura por financiamento crescendo 134% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, no confronto mensal, houve queda de 2%.

Além deste setor, o indicador da Neurotech mede mensalmente o número de solicitações de crédito nas categorias de varejo e bancos. No varejo o INDC subiu 22% no segundo mês de 2022 ante janeiro e 44% na comparação interanual. Já a busca por crédito no segmento financeiro teve aumento de 1% em fevereiro contra o mesmo mês de 2021.

Apesar das incertezas, o mercado está mais preparado para lidar com este cenário, afirma Costa. Conforme o executivo, essa é a principal diferença do quadro atual em relação ao início do ano passado, quando a pandemia de covid-19 dava sinais de agravamento e levou ao fechamento do comércio e isolamento social.

"Houve um período grande de aprendizado, em que as instituições passaram a usar novas tecnologias e conceder crédito, o que ajuda a reduzir os riscos de inadimplência", reforça.

Segmentos

No varejo, a demanda por crédito no segmento de eletroeletrônicos subiu 135%, ao passo que em supermercados, vestuário e lojas de departamento, cresceram 26%, 23% e 40%, respectivamente, em fevereiro sobre igual mês do ano passado ano. Na comparação com janeiro, todas as categorias tiveram desempenho positivo, exceto outros (-6%).

Fonte: Estadão Conteudo

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