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Brasil vai produzir remédios de alto custo mais baratos

O lançamento do laboratório BioNovis, no final de março, representa a iniciativa mais adiantada na corrida pelo desenvolvimento de biossimilares no País

O lançamento do laboratório BioNovis, no final de março, representa a iniciativa mais adiantada na corrida pelo desenvolvimento de biossimilares no País (Loic Venance/AFP)

O lançamento do laboratório BioNovis, no final de março, representa a iniciativa mais adiantada na corrida pelo desenvolvimento de biossimilares no País (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 15h12.

São Paulo - O Brasil vai começar a fabricar os primeiros medicamentos biossimilares com tecnologia nacional. Eles são versões mais baratas de drogas biológicas inovadoras, produtos de alto custo que atacam alvos específicos em doenças como câncer, artrite reumatoide e esclerose múltipla. Apesar de representarem, em unidades, apenas 4% das compras do Ministério da Saúde, consomem 32% do orçamento da Pasta para remédios.

O lançamento do laboratório BioNovis, no final de março, representa a iniciativa mais adiantada na corrida pelo desenvolvimento de biossimilares no País. Trata-se de uma parceria entre quatro grandes produtoras de genéricos: EMS, Aché, Hypermarcas e União Química. Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, a biotecnologia é uma área estratégica para o País. “São produtos de alto conteúdo tecnológico, de alto valor, que a gente tem de desenvolver para ter garantia de acesso à população brasileira”.

Medicamentos biológicos, produzidos por meio de células vivas, são complexos e caros - uma caixa pode custar R$ 8 mil, em especial no caso dos remédios oncológicos mais modernos. Por causa do alto custo, os pacientes têm recorrido à Justiça para obter as drogas quando elas não estão na lista de remédios ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2010, por exemplo, o Ministério da Saúde gastou R$ 132,58 milhões para cumprir decisões judiciais ligadas ao fornecimento de remédios de alto custo, ante R$ 2,24 milhões em 2005. As informações são do Jornal da Tarde.


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