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Brasil tem recorde na média móvel de mortes pelo 15º dia seguido

País registrou 1.940 novas mortes neste sábado, segundo consórcio de impresa; média móvel de mortes dos últimos sete dias está em 1.824, um recorde

UTI em hospital de Brasília: No total, o Brasil tem 277.216 de mortos (Breno Esaki/Agência Saúde DF/Divulgação)

UTI em hospital de Brasília: No total, o Brasil tem 277.216 de mortos (Breno Esaki/Agência Saúde DF/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2021 às 21h03.

Última atualização em 13 de março de 2021 às 21h43.

O Brasil registrou 1.940 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas neste sábado, 13. O número ficou abaixo do patamar de 2 mil mortes diárias registradas nos últimos três dias. Mas a média móvel de 7 dias subiu mais uma vez para 1.824 óbitos, e bateu o recorde pelo décimo quinto dia seguido. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde.

Com os últimos números, o total de vítimas da covid-19 no país chegou a 277.216 mortos. Já o número de casos confirmados chegou a 11.439.250 pessoas. Só de ontem para hoje foram 70.934 novos casos registrados.

Um ano após o reconhecimento oficial da pandemia, o Brasil vive o pior momento da doença com aumento de casos e mortes em praticamente todas as regiões. Já são 52 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil. O Rio Grande do Sul registrou o maior balanço diário de mortes causadas pela covid-19, com 331 óbitos nas últimas 24 horas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O recorde anterior era de 276 mortes, alcançado na última quinta-feira (11). No Paraná, 97% dos leitos de UTI para tratamento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. Neste sábado, quase um terço das mortes registradas no dia veio da região Sul.

Diante do avanço da pandemia, governadores e prefeitos adotam medidas mais restritivas para conter a circulação de pessoas e evitar a disseminação do acelerada do vírus. Pela primeira vez desde o início da pandemia, Curitiba (PR) adotou o lockdown por nove dias para frear o vírus. No Ceará, as medidas mais restritivas passam a valer em todo o Estado.

Boletim quinzenal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira, confirma a gravidade do momento, apontando alta taxa de ocupação de leitos, tendência de avanço nos casos de síndromes respiratórias e elevada participação do País no total de mortes causadas pela doença no mundo. O Brasil é a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Na contagem total de infectados, o País superou a Índia nesta sexta-feira, de acordo com o site Worldometers. No país asiático, porém, os índices de contágio estão em declínio.

O Estado de São Paulo registrou neste sábado 434 mortes por coronavírus. Na cidade de São Paulo, a secretaria de saúde municipal informou que a rede alcançou 83% de ocupação para leitos de UTI.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

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