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Brasil suspende negociações com UE para trazer refugiados

Como parte de uma nova e restritiva política de acolhimento de estrangeiros, a gestão do presidente provisório Michel Temer suspendeu as negociações


	Presidente interino Michel Temer: postura contrasta com a da presidente afastada
 (Reuters/Ueslei Marcelino)

Presidente interino Michel Temer: postura contrasta com a da presidente afastada (Reuters/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 21h22.

Como parte de uma nova e restritiva política de acolhimento de estrangeiros, a gestão do presidente em exercício Michel Temer suspendeu as negociações entre Brasil e União Europeia para acolher refugiados sírios no Brasil.

A postura contrasta com a da presidente afastada, Dilma Rousseff, que salientava que o Brasil estava "de braços abertos" para receber aqueles que fogem da guerra civil da Síria, que já dura mais de cinco anos e já fez com que mais de 5 milhões de pessoas deixassem o país. É a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com informações da BBC, a ordem veio do ministro interino da Justiça, Alexandre de Moraes e foi comunicada à equipe nesta semana.

O Brasil tem pouco menos de 10 mil refugiados formalmente reconhecidos, sendo a maioria de nacionalidade síria. Por meio da Resolução Normativa 17 do Conare, todos os sírios que desejarem vir para o Brasil terão direito ao visto humanitário e entrada imediata no território brasileiro.

Com os esforços do anterior ministro da Justiça, Eugênio Aragão, a intenção era obter recursos internacionais para trazer 100 mil sírios ao país nos próximos cinco anos, com o respaldo de Dilma.

Procurado pela reportagem, O Ministério da Justiça e Cidadania informou que não houve nenhuma suspensão das negociações com a União Européia, que continuam do ponto inicial onde estavam.

"O governo anterior não havia estabelecido nenhum programa ou projeto nesse sentido, nem previsto tampouco qualquer previsão orçamentária", afirma o governo provisório em nota.

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