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Brasil pede à Indonésia que condenado vá para hospital

Diplomata brasileiro entregou carta a diretor de penitenciária pedindo a transferência de brasileiro condenado ao fuzilamento para hospital psiquiátrico


	O brasileiro Rodrigo Gularte escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório na Indonésia
 (Dita Alangkara/AP)

O brasileiro Rodrigo Gularte escoltado por policiais e apresentado à imprensa no escritório na Indonésia (Dita Alangkara/AP)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 19h14.

Brasília - Um diplomata brasileiro entregou nesta quinta-feira, em mãos, uma carta ao diretor da penitenciária Pssar Putih, na Indonésia, pedindo a transferência de Rodrigo Gularte para um hospital psiquiátrico na cidade de Yogyarta.

Diagnosticado com esquizofrenia, Gularte pode ser poupado do fuzilamento se o laudo, assinado por um médico do serviço público de saúde do país, for aceito pela Justiça.

O brasileiro está preso há 10 anos, desde que tentou entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Tráfico é punido com morte no país.

A legislação, no entanto, diz que o condenado precisa ter consciência do crime cometido e da punição, o que excluiria pessoas que sofrem de doença mental.

De acordo com informações do Itamaraty, Gularte já demonstra sinais de esquizofrenia há muitos anos, mas só agora foi feita a avaliação psiquiátrica confirmando a doença.

A carta entregue pelo diplomata brasileiro é o primeiro passo para que ele seja transferido para o hospital, já que a mudança precisa ser autorizada pelo diretor da penitenciária.

Depois disso, ainda é necessário que seja aprovada pela promotoria da Indonésia, que já afirmou que pedirá um outro laudo psiquiátrico antes de aprová-la.

Gularte deveria ser executado este mês, junto com outros seis estrangeiros e quatro indonésios, mas o cumprimento da pena foi adiado e ainda não tem nova data.

O governo da Indonésia alegou problemas logísticos na prisão de Nusakambangan, onde deve ocorrer o fuzilamento, mas existe a desconfiança de que a pressão da Austrália, que tem dois cidadãos entre os condenados, poderia estar surtindo efeito, mesmo que os pedidos de clemência tenham sido negados pelo presidente Joko Widodo.

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