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Brasil fecha orçamento para Olimpíadas de 2016

Em seminário promovido para discutir as oportunidades e desafios para os eventos esportivos no Brasil, Tony Blair deu dicas à organização

Orlando Silva disse que principal é se preocupar com o legado que o evento deixará (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

Orlando Silva disse que principal é se preocupar com o legado que o evento deixará (Roosewelt Pinheiro/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2010 às 15h59.

São Paulo - O governo brasileiro deve apresentar em dezembro ao Comitê Olímpico Internacional (COI) a revisão final da proposta orçamentária das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Pela previsão inicial, deverão ser gastos R$ 28 bilhões. Esse valor incui, além das obras específicas para a competição esportiva, melhorias na infraestrutura da cidade, como a reforma do Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, urbanização de favelas e obras de saneamento básico.

A informação foi dada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, após participar do encontro As Oportunidades e Desafios do País na Organização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), com a presença do ex-primeiro ministro britânico Tony Blair.

Silva comparou o momento vivido pelo Brasil ao que experimentou Tony Blair na preparação da Inglaterra para os Jogos Olímpicos de 2012. O ministro do Esporte não esperou a palestra de Blair, mas disse que, em encontro que teve com o ex-primeiro ministro, em Londres, ouviu recomendações “interessantes”.

“Ele deu boas dicas e nos disse: tenham paciência e se preocupem com a preparação de legados para o país, com a organização prévia para que, quando as obras começarem, vocês tenham um rumo claro a perseguir. Foi uma lição breve que ele deu lá em Londres”, revelou o ministro brasileiro.

No encontro na capital paulista, Blair disse que a parceria de empresas públicas e privadas nos investimentos é essencial e que os projetos devem levar em conta os efeitos no longo prazo, “não apenas nas três semanas de jogos”. Entre as áreas citadas, apontou a de transporte como uma das prioridades, pois o investimento acaba servindo às comunidades, passado o período das olimpíadas.

Ele também defendeu maior acesso da população de baixa renda aos esportes de elite como tênis, por exemplo, e salientou que as competições são um meio de aproximação entre pessoas de diferentes credos religiosos e de classes sociais. De acordo com ex-primeiro ministro britânico, os gastos previstos inicialmente nunca se confirmam. “Estaria surpreso se o orçamento final ficasse igual ao valor inicialmente projetado”.

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