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Brasil está construindo 82 navios após Lula reativar indústria naval

Segundo o presidente, outras 150 novas embarcações já estão em planejamento no País

Navio no Porto de Santos: Lula quer Brasil de volta como um pólo de fabricação naval (Germano Lüders/Site Exame)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2010 às 11h38.

Rio de Janeiro - O Brasil, que chegou a ter a segunda maior indústria naval do mundo na década de 1970, conseguiu reativá-la e atualmente está construindo 82 navios, disse nesta segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Atualmente já são 82 navios em construção, e cerca de 150 novas embarcações em planejamento no Brasil", afirmou o chefe de Estado em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente".

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Lula assegurou que os números demonstram que o país está assumindo com muita seriedade o projeto de reativar a indústria naval e de se transformar em um importante polo de construção de embarcações novamente.

Segundo o governante, além dos pedidos da Petrobras para a construção de navios, plataformas marinhas e sondas de perfuração a grandes profundidades, os estaleiros nacionais se recuperaram com novas encomendas de navios mercantes.

"Eu acho que o Brasil definitivamente assumiu a responsabilidade de recuperar a indústria naval. Nós, que já fomos a segunda indústria naval do mundo nos anos 1970, praticamente acabamos, e, agora, nós estamos em reconstrução", declarou o presidente.

Lula assegurou que o setor, que durante alguns anos esteve fora de operação, conta hoje com cerca de 50 mil trabalhadores e com grandes perspectivas de ampliação, já que o Fundo da Marinha Mercante prevê contratos por cerca de R$ 30 bilhões de reais até 2014.

O governante admitiu que o principal promotor da reativação da indústria naval é o Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transpetro (Promef), a subsidiária da Petrobras encarregada do transporte de hidrocarbonetos. O programa prevê a construção de 49 novos navios no Brasil, dos quais 46 já foram encomendados por R$ 5 bilhões.

"Então, é isso: mais estaleiros, mais navios, mais empregos, mais distribuição de renda, mais conhecimento tecnológico, ou seja, mais soberania nacional. Tudo isso é sagrado", concluiu.

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