Pimentel: há um mês, o País encerrou um processo de contencioso no Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) referente às exportações do suco para os EUA (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 16h04.
Brasília - Brasil e Estados Unidos devem acelerar as negociações para firmar acordos bilaterais nas áreas tributária, de investimentos, serviços e transportes. Essa avaliação foi apresentada nesta terça-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, à secretária interina de Comércio dos Estados Unidos, Rebecca Blank. Pimentel e Rebecca reuniram-se em Brasília, no o 8.º Fórum de CEOs Brasil-EUA.
Em nota sobre o encontro, o ministério alerta que, diferentemente de acordos comerciais, em que seria necessário negociar em conjunto com os demais países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), nessas áreas o Brasil pode discutir diretamente com um segundo país, sem a necessidade de aprovação do bloco.
"Devemos explorar todas as possibilidades de avanços bilaterais enquanto nos preparamos dentro Mercosul para uma negociação madura com os Estados Unidos", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No encontro, Pimentel também disse à secretária interina de Comércio Exterior dos EUA que espera por uma decisão da Justiça norte-americana favorável à Embraer.
No fim de 2012, a empresa brasileira venceu uma licitação para fornecer 20 aviões de ataque à Força Aérea americana, mas a concorrente do país Hawker Beechcraft contestou na Justiça o resultado da licitação. Pimentel também pediu a abertura do mercado dos EUA para carnes brasileiras. Rebecca afirmou que "está otimista com o que virá".
Ele agradeceu pelo resultado favorável ao Brasil no caso do suco de laranja. Há um mês, o País encerrou um processo de contencioso no Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) referente às exportações do suco para os EUA. No processo, aberto em 2009, o Brasil questionava a legalidade da metodologia conhecida como "zeroing", que foi usada pelos americanos para aplicar uma medida antidumping contra exportadores brasileiros.