Brasil

Brasil caminha para ser a sexta economia do mundo até fim do mandato, diz Lula

Segundo ele, o aumento da arrecadação e a queda dos juros permitirão reduzir o déficit sem comprometer o investimento público

Presidente Lula em discurso na abertura do FII Priority Summit, no Rio de Janeiro (Divulgação)

Presidente Lula em discurso na abertura do FII Priority Summit, no Rio de Janeiro (Divulgação)

Lucas Amorim
Lucas Amorim

Diretor de redação da Exame

Publicado em 12 de junho de 2024 às 11h23.

Última atualização em 12 de junho de 2024 às 15h20.

Tudo sobreLuiz Inácio Lula da Silva
Saiba mais

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva exaltou o potencial econômico do país na abertura do FII Priority Summit, no Rio de Janeiro. "Nosso PIB cresceu 2,5% nos últimos 12 meses, contrariando expectativas pessimistas", disse. "Estamos caminhando para ser a oitava maior economia do mundo e podemos ser a sexta até o final do mandato", disse Lula em discurso que marcou a abertura do evento.

Para chegar lá, o Brasil teria que reduzir uma diferença que hoje está em 1 trilhão de dólares em relação ao Reino Unido, a sexta maior economia. Teria, ainda, que ultrapassar Itália e França, respectivamente a oitava e a sétima maiores economias do mundo.

O presidente aproveitou seu discurso para destacar também o potencial de crescimento e de investimentos no Sul Global, expressão usada para destacar os países em desenvolvimento. "Era passada a hora de o mundo reconhecer o peso de países como Brasil e Arábia Saudita", disse.

Com o governo acumulando perdas no Congresso e pressionado por quedas de aprovação, Lula redobrou a aposta num crescimento “com inclusão social”. Sobre a grande crítica de investidores em relação a seu governo, a falta de ações concretas para reduzir o déficit fiscal, disse que “o mercado não é uma entidade abstrata”.

"Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público", afirmou Lula.

Segundo ele, a reforma tributária tornará o regime brasileiro mais "justo e eficiente", não penalizará os mais pobres e dará mais competitividade à economia.

O presidente afirmou que o objetivo das reformas levadas a cabo em seu governo é "investir em dignidade". "De nada adianta ter ilhas de prosperidade cercadas de miséria", disse. "Num ambiente internacional cercado de incertezas, nos posicionamos como um porto seguro".

yt thumbnail

Entre os diferenciais brasileiros estão, segundo ele, a energia gerada em 88% por fontes limpas, e o potencial do Brasil de ser o maior produtor de hidrogênio verde do mundo. "A condição de mero exportador de matéria prima não nos interessa", disse. Segundo ele, o Brasil está se posicionando para produzir aço verde, baterias e componentes para a nova indústria automotiva.

Lula disse ainda que na caminhada para expandir sua economia o Brasil "não pode pensar pequeno" e "não vai jogar fora oportunidades". "A hora em que começarmos a explorar a margem equatorial vamos dar um salto", afirmou, sobre a reserva de petróleo que a Petrobras estuda começar explorar nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

Lula destacou ainda o potencial de diálogo do Brasil, que ocupa a presidência do G20 e sediará também a COP30, a conferência do clima, ano que vem em Belém. "O mundo digitalizado ainda permite que 735 milhões de pessoas durmam com fome. Alguma coisa está faltando", disse. "Nos últimos anos foram gastos 3 trilhões de dólares em guerra, um dinheiro que poderia ter sido investido na redução da pobreza e das desigualdades". “A paz é mais barata que a guerra”, finalizou.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

FGTS: Barroso afirma que pode alterar voto para mudança na correção começar em 2026

Comissão da Câmara aprova uso de spray de pimenta e cassetetes contra menores infratores

CCJ do Senado adia votação de PL dos jogos de azar para a próxima semana

Juscelino Filho diz que indiciamento é uma ação "política e previsível" e nega acusações

Mais na Exame