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Boulos quer câmeras corporais em agentes da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

Pré-candidato à prefeitura da capital paulista, deputado defendeu a medida durante sabatina nesta sexta (12)

Guilherme Boulos em discurso na Câmara (Leandro Fonseca/Exame)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 13h59.

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) afirmou nesta sexta-feira, 12, que pretende colocar câmaras corporais nos agentes da Guarda Civil Metropolitana da capital paulista, caso seja eleito.

— Sou totalmente a favor (do uso pela PM) e pretendemos colocar (as câmeras corporais) na GCM — disse o deputado durante uma sabatina realizada pelo UOL e o jornal Folha de S.Paulo.

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Na entrevista, Boulos mencionou também outras propostas para a prefeitura em áreas como mobilidade, moradia e a população em situação de rua.

Ele defendeu a ampliação do projeto da Tarifa Zero de ônibus na cidade, que foi implementado apenas aos domingos pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas disse que os contratos da prefeitura com as empresas de transporte precisam ser revistos.

— Queremos passar a limpo os contratos de ônibus. A Tarifa Zero só pode ser feita depois que acabar com a farra dos subsídios — afirmou o deputado.

Segundo o pré-candidato, o fim da cobrança de tarifa seria feita por meio de um longo processo que dependeria também de outras ações, como a substituição da frota da cidade por ônibus elétricos, o que reduziria o custo de rodagem da frota ao longo prazo.

O parlamentar afirmou que uma de suas principais metas para a prefeitura é resolver o problema da população em situação de rua. Entre as propostas, melhorar os serviços de acolhimento e oferecer cursos profissionalizantes para esse segmento.

Outro ponto seriam políticas de moradia, como a utilização de prédios ociosos do centro da cidade, em especial os que são de posse do governo federal e do INSS, para habitação popular.

Durante a conversa o deputado mencionou o coronel da reserva Alexandre Gasparian, que faz parte da equipe de elabora os planos para a campanha e foi convidado para formular propostas na área de segurança pública.

Gasparian comandou a Rota, batalhão de elite da Polícia Militar paulista, durante o governo Geraldo Alckmin (PSB). Tradicionalmente vista como distante da esquerda, a segurança é apontada pelos moradores da capital como o maior problema para os paulistanos, segundo Datafolha divulgado em março.

O deputado teceu ainda críticas ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e afirmou que o emedebista não comparece aos eventos do governo federal que são realizados na capital paulista porque "tem medo de ser visto ao lado do Lula e ser alvo dos bolsonaristas, ele é refém dos bolsonaristas".

No tópico governo federal, voltou a defender o presidente no caso do comício de 1º de maio, em que Lula e Boulos foram condenados pela Justiça eleitoral por propaganda eleitoral antecipada. Na ocasião, Lula pediu votos para Boulos durante um evento no estádio do Corinthians, na Zona Leste.

— Não acho que o presidente errou. Ele expressou a posição dele. Nós recorremos (da decisão da Justiça — disse Boulos.

O pré-candidato também foi questionado sobre o caso com o deputado federal André Janones (Avante), no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em que ele deu um parecer contrário à cassação do colega pela investigação que apura se Janones praticou rachadinha.

— Não posso usar dois pesos e duas medidas. Fui sorteado para relatar esse caso e tem uma jurisprudência que diz que o que acorre antes da atual legislatura não pode ser julgado (pelo Conselho de Ética), o que é julgado é o que ocorre neste mandato — disse Boulos .

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