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Bolsonaro em Davos; Suspensão de parcerias com ONGs…

THERESA MAY: primeira-ministra do Reino Unido continua no cargo / | Matt Dunham | Reuters (Matt Dunham/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 07h04.

Última atualização em 17 de janeiro de 2019 às 07h25.

Bolsonaro em Davos

O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, será o primeiro líder latino-americno a falar na sessão inaugural do Fórum Econômico Mundial, que começa na semana que vem na Suíça. Seu lugar no evento vinha, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, sendo negociado entre o Itamaraty e os organizadores desde sua eleição, em outubro. O discurso de Bolsonaro deve durar entre 30 e 45 minutos e é tratado como seu batismo de fogo à elite das finanças e da imprensa global. A fala de Bolsonaro deve ser a principal do primeiro dia de debates em Davos, na próxima terça-feira.

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Suspensão de parcerias com ONGs

O Ministério do Meio Ambiente suspendeu todos os convênios, acordos de cooperação, atos e projetos com ONGs pelos próximos 90 dias. Os acordos dizem respeito a recuperação florestal, gestão ambiental e segurança alimentar nas comunidades indígenas e agroextrativismo. O Ministério informou que o objetivo da suspensão é avaliar e ajustar contratos que podem ter continuidade, além de levantar os gastos com ONGs no ano de 2018. O ministro da pasta Ricardo Salles ainda afirmou que, a partir de agora, todos os assuntos relacionados a Organizações Não Governamentais passarão por ele. Mais tarde, Salles afirmou que os contratos atuais serão mantidos, mas reavaliados.

Eleição da Câmara

O líder do Partido Social Liberal (PSL), Delegado Waldir, declarou em uma conversa com jornalistas no palácio do planalto que 100% de seu partido irá votar em Rodrigo Maia (DEM) para a presidência da Câmara. A votação, que deve acontecer dia primeiro de fevereiro, irá contar com voto secreto, o que na prática não garante que votos combinados sejam cumpridos. Mesmo assim, Waldir garantiu não ter dúvidas de que os 52 deputados do PSL votarão em Maia: “Conseguimos o céu para o PSL, como esses caras não vão votar no Rodrigo?”, disse.

Orçamento 2019

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou nesta quarta-feira o orçamento da União para o ano de 2019. A lei orçamentária, que já havia sido aprovada pelo Congresso em dezembro, foi publicada no Diário Oficial da união com dois vetos. Um deles refere-se à reestruturação de carreira no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O presidente justificou a decisão afirmando que a alteração da estrutura de carreiras e o aumento da remuneração infringe a Constituição Federal. Segundo o governo, o outro item vetado, que criava o Fundo Especial no Conselho Nacional de Justiça para investimentos em inovação e modernizações tecnológicas nos órgãos do Poder Judiciário, fere o novo regime fiscal.

Barreiras ao aço brasileiro

Os países da União Europeia aprovaram nesta quarta, 16, a imposição de novas barreiras contra o aço brasileiro e de outros territórios. A medida é um reflexo das políticas do presidente norte-americano Donald Trump, que estabeleceu barreiras contra o aço de seus exportadores. Com isso, os produtos que seriam destinados aos Estados Unidos foram direcionados a Europa, que agora precisa controlar o enorme fluxo do produto em seu território. A proposta de dificultar a entrada do aço brasileiro ainda precisa passar por uma aprovação final por parte da Comissão Europeia, mas a maioria dos governos da UE já se mostraram coniventes com o plano. A medida, então, deve entrar em vigor em fevereiro.

Pelosi pede que Trump adie discurso

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo que ele adie o tradicional discurso sobre o Estado da União previsto para 29 de janeiro. O que a democrata alega é que a segurança do discurso está em risco, uma vez que o Serviço Secreto, que cuidaria dessa questão, está há 26 dias sem receber financiamento devido ao ‘shutdown’ americano. “Sugiro que trabalhemos conjuntamente para determinar outra data adequada, depois que o governo tenha reaberto, para este discurso, ou que considere apresentá-lo por escrito ao Congresso em 29 de janeiro”, escreveu Pelosi.

May permanece

A premiê britânica Theresa May venceu nesta quarta, 16, a votação de sua moção de desconfiança por 19 votos. Com o resultado, ela permanecerá no cargo de primeira-ministra do Reino Unido. Caso May perdesse a votação, novas eleições gerais poderiam ser convocadas se ela não renunciasse e nenhum dos partidos lançasse nenhum candidato para substituí-la depois de 25 dias úteis. A votação foi proposta após o acordo do Brexit apresentado por May ter sido fortemente rejeitado pelo Parlamento na terça-feira, 15. O resultado apertado a favor da premiê mostra que a maioria dos parlamentares tem confiança na capacidade da primeira-ministra para liderar o governo.

Saída possível

Antes do resultado da moção, John McDonnell, membro do Partido Trabalhista britânico, disse à Reuters que a premiê Theresa May pode eventualmente conseguir aprovar o acordo do Brexit no Parlamento. Isso aconteceria caso ela negociasse um compromisso quanto a empregos com o partido. “Nós iremos apoiar um acordo que una o país, proteja trabalhos e apoie a economia”, disse McDonnell. Ele afirmou que a grande maioria do Parlamento é contra a saída da União Europeia sem um acordo, então eles usarão todos os mecanismos parlamentares para prevenir essa possibilidade.

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