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Bolsonaro diz que participará de jantar com Trump nos EUA

Bolsonaro, que faz o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, afirmou que jantar com Trump está na agenda de seus dois dias nos EUA

Jair Bolsonaro: presidente brasileiro afirmou que tem mantido contato com o mandatário americano "sobre os mais variados assuntos" (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

Jair Bolsonaro: presidente brasileiro afirmou que tem mantido contato com o mandatário americano "sobre os mais variados assuntos" (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de setembro de 2019 às 21h02.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta-feira, 20, que participará de jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante passagem no país para participar da Assembleia Geral da ONU, que será em Nova York.

"A previsão é sair daqui na segunda e na madrugada de quarta estar de volta. Tem um jantar que devemos comparecer. Estaremos ao lado do Trump, motivo de honra. Tenho conversado muito com ele. Sobre os mais variados assuntos", disse Bolsonaro ao chegar no Palácio do Alvorada, no fim da tarde.

Bolsonaro afirmou que não responderá, em seu discurso na ONU, a fundos de investidores que pediram em carta "ação urgente" para conter os "incêndios devastadores" na Amazônia. "Não vamos fulanizar nem apontar o dedo para nenhum chefe de Estado", acrescentou.

 

O presidente voltou a dizer que, em gestões passadas, terras no Brasil eram demarcadas quando um governante voltava de eventos internacionais. "Todas as vezes que chefes do Brasil foram para fora em eventos como Osaka, Davos, voltavam pra cá demarcando mais terras indígenas, criando parques nacionais e inviabilizando o Brasil". Segundo Bolsonaro, a pressão internacional visa minar o agronegócio e derrubar a economia do País.

A comitiva do presidente partirá de Brasília às 7h da próxima segunda-feira, 23. O presidente deve discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU na terça-feira e retorna ao Brasil na próxima quarta-feira, 25.

Bolsonaro disse ainda que "é impressionante a falta de patriotismo". "Como agora a gente vê 'gabinete do ódio'. O que é isso?", disse. O jornal O Estado de S. Paulo publicou na quinta-feira, 19, que o Planalto abriga um núcleo de assessores que tem forte influência sobre o presidente Bolsonaro, conhecido como "gabinete do ódio". Essa ala ideológica responsável por mídias digitais afasta os irmãos Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro.

O presidente não quis falar sobre a situação de Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, alvo de operação da Polícia Federal realizada na quinta-feira, 19.

Comitiva do Brasil na ONU

O presidente viajará com alguns dos ministros mais próximos. Entre eles, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A primeira-dama Michelle Bolsonaro também integrará a comitiva, além do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) também estará na viagem.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já está nos Estados Unidos e acompanhará o presidente na ONU. Também estará presente o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que se encontrará com a comitiva em Nova York.

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