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Bolsonaro diz que "minoria barulhenta" aguarda pagamento de auxílio

Milhões de pessoas ainda não receberam os R$ 600 e muitos relatam erros no aplicativo da Caixa

Jair Bolsonaro: presidente disse que parcela dos que reclamam não terem recebido não tem direito ao benefício (NurPhoto/Getty Images)

Jair Bolsonaro: presidente disse que parcela dos que reclamam não terem recebido não tem direito ao benefício (NurPhoto/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de maio de 2020 às 21h19.

Última atualização em 8 de maio de 2020 às 10h58.

O presidente Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, durante a sua live semanal transmitida pelas redes sociais, que uma "minoria barulhenta" aguarda pelo pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 destinado à população de baixa renda afetada pelos impactos econômicos do coronavírus.

Ao abrir a transmissão, Bolsonaro disse que estava ao lado presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que trataria do pagamento do benefício.

— O Pedro Guimarães, presidente da Caixa, que vai falar alguma coisa sobre o pessoal que caiu em (inaudível), que está sob análise. É uma minoria barulhenta, uns realmente têm razão, outros se equivocaram e outros não têm direito — afirmou o presidente.

Em outro trecho, Guimarães afirmou que o pagamento do auxílio para uma parcela da população entre 6 e 8 milhões de pessoas ocorrerá na próxima semana.

Bolsonaro não conseguiu concluir a live por problemas de sinal. O presidente se mostrou irritado, lembrando que a mesma coisa já havia ocorrido na semana passada. Ele disse que a questão será resolvida para a próxima semana.

Antes de encerrar, Bolsonaro afirmou que recebeu cerca de dez empresários no Palácio do Planalto nesta quinta-feira e ouviu outras centenas deles por videoconferência. Segundo o presidente, esses empresários representam 45% do PIB e são responsáveis por 30 milhões de empregos.

— Eles falaram da necessidade de voltar ao trabalho. Dizem que agora estão na UTI. A gente sabe depois da UTI ou vai para casa ou vai para o repouso eterno — disse o presidente.

Bolsonaro ainda destacou que colocou duas novas atividades como serviços essenciais por meio de decreto nesta quinta-feira (construção civil e atividades industriais) para se contrapor à medidas de restrição tomadas por governos estaduais e municipais. Seu objetivo ao assinar o decreto foi "desafogar a questão do emprego no Brasil".

— O que botamos no nosso decreto lá de trás foram as atividades essenciais e o restante ficou a cargo de prefeitos e governadores. Como do lado de lá teve muitas profissões que o pessoal foi impedido de trabalhar, nós começamos a abrir do lado de cá.

O presidente também elogiou o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), por ter rejeitado uma ação do partido Rede Sustentabilidade pela demarcação de terras indígenas.

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